domingo, 27 de junho de 2010

Amplexos vazios



São tantas coisas que passam em minha cabeça, que às vezes penso que vou enlouquecer. De fato a vida não é coisa de se brincar, assim como sentimentos também não. A ausência é algo tão desesperador e complexo que não consigo educar o meu coração a não sofrer mais do que devia. Oh Deus, estou tão vazio de palavras e tão cheio de sentimentos tristes; o que fazer, se ainda não aprendi a me controlar?
Apenas quero escrever para tentar me livrar do peso que estou carregando em mim. Quero te dizer que não tenho mais paz com sua ausência, e que esse sentimento me calou. As noites sem teu corpo são amplexos vazios em madrugadas frias, são beijos em pedras de gelo que fazem os lábios adormecerem, assim como enfraquecem meus desejos subalternos que se transformam em doces ilusões. São grinaldas de amor espalhadas pela casa, pelos campos e florestas onde me perco quando te procuro e me encanto quando te encontro.
Estou perdido procurando teu olhar repleto de mistérios e certezas que me fortalecem quando minhas lágrimas começam a me afundar em um poço de mágoas.
Envolva-me com teu amor, embriaga-me de paixão, enebria-me com teu sorriso, adora-me com tuas palavras, sustenta-me em teus braços e me leve daqui, para que longe eu possa ser feliz. O inferno são os outros, e não podemos cair nas armadilhas que aparecem nos caminhos da vida.
Todo o medo e desespero vão passar, e quando isso acontecer, uma janela vai abrir neste quarto escuro em que se esconde minha alma, iluminando o ambiente, e dessa forma, deixarei de viver uma felicidade que sempre me foi meio clandestina para viver o sonho que certo dia um anjo me prometeu.

Caio Polonini
23/06/2010

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