sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Minha festa


As noites sem muito sono são as que mais me preocupam, pois pensamentos vão além. Sou pequenino muitas vezes, principalmente quando tenho medo. Te sinto grande quando está perto de mim, e isso me acolhe. Quero sempre ser tua melhor parte.
Acordei aos berros, certa noite. Não sei explicar até hoje o que me causou o caos, mas logo senti teu calor e esqueci a crueldade do mundo. Dormi em paz.
Ando me sentindo despreparado para a vida, cheio de receios e anseios. Sempre fui muito doído, doido... Estou vivendo o meu luto e guardando cada gota como se fosse a última. Nasceu um rio. Quando a última gota chegar, vou comemorar. Enquanto isso, minha vida é uma festa e eu choro se eu quiser e o quanto eu quiser...

Caio Polonini
21/12/2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Suspiro divino

Se um dia eu te perder, junto uma parte da minha alma irá se perder também. Minha mente irá entrar novamente em confusão e eu perderei alguns sentidos que com muito custo tentei recuperar. Tudo o que se perde é recuperado de outra forma, mas de um jeito ou de outro se restitui, mesmo que seja um pouco torto.
Um carro me atropelou, pois confundi a cor. Quem nunca se enganou achando que no vermelho teria só o amor? Eu sigo em meu eterno questionamento que se multiplica a cada espasmo de segundo e ao assumir o amor, ao sumir o amor, ao suprir o amor, enfrento a dose diária de cada nascer do sol que me põe em pé diante de uma realidade cruel.
Está eternizado em mim o que vivi, e o que está por vir tem espaço para pulsar feito a formação da vida no útero materno, que é tão divino quanto respirar. E num sopro de vida, vou voar para onde houver cor e sabor.

Caio Polonini
25/10/2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pensando, só


Eu estou só... só pensando. Pensando só. Lá de longe, onde ninguém pode alcançar. Perdido em meus devaneios, no encontro comigo mesmo, na saudade de um beijo.
Eu que me joguei no amor, com ardor, com fervor e acordei de um sonho bom, embalei em um sonho ruim, mas não foi pesadelo, foi só ruim.
Olhei-me no espelho. Cara pálida, cabelo bagunçado, boca vermelha, sorriso nos olhos, satisfação no peito.
Eu vivo de sensações e seja como for, seja como dor, seja como flor, eu estou só... só pensando. Pensando só.
Tenho medo de me tornar um menino alado, voar muito alto e me perder de mim. De te perder. Quero uma distância curta para não perder o teu olhar do meu, mesmo que eles já estejam perdidos, mesmo que a incerteza esteja pululando a cada minuto que passa e que eu morro. Socorro!
Deixemos os corações pulsar naturalmente e o vento nos levar, mas não para muito longe. Não para sempre. Mas deixemos...

Caio Polonini
19/06/2012

domingo, 17 de junho de 2012

Filme antigo

  E então fecho os meus olhos e apenas sinto. Vivo um sonho bom que me incomoda por saber que de um jeito ou outro vai acabar, mas o vivo intensamente até chegar o momento do inevitável.
A tua chegada, o meu sorriso, nosso encontro em algo que se resume em um abraço encaixado sob arcos envolventes em um jardim onde me deito e esqueço do mundo. Há apenas nuvens, devaneios, cheiro e sorriso.
Em lugares, gabinetes, memórias, histórias, fragmentos de um sim, em você, em mim, em nós, uma pausa. Te encontro como num conto que não tem fim. O inevitável agora bate à porta. Beijos com gostinho de café e abraços com perfume recém borrifado.
Te visito todos os dias e tu nem sabe. Pensamento é coisa abstrata. Já soltei diversos sorrisos sem ninguém saber, sequei lágrimas que ninguém jamais precisou ver, filosofei coisas que não fizeram sentido e menos ainda chegaram a algum lugar. Senti absurdos que guardei em mim, desejei mesmo sabendo que não teria, fiz coisas que ninguém saberá, pois talvez tenha passado de um simples ledo engano.
As nuvens que cobrem o céu, mudam de forma a cada instante, assim como teu rosto e jeito de viver. Tua cara de filme antigo amanheceu sorrindo em pleno domingo de sol e eu parei para te assistir.

Caio Polonini
17/06/2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Para Caio, o Polonini


Caio, já disse que teu nome é lindo e que eu o adoro? Pois declaro aqui o meu gosto por ele. Eu não conheço nenhum Caio, nem mesmo um amigo. Na verdade tive um coleguinha na pré-escola com este nome. Nem sei por onde ele anda. Depois dele não tive mais ninguém. Agora só tenho a ti, meu companheiro de escrita.

Eu não posso abraçar o Caio, mas acho que o amo, e ele a mim. Ele não existe pro mundo exterior, pois está no meu interior, e isso me dá um certo desespero, porém me sossego em saber que o tenho. Talvez isso basta.

Ah Caio, nem sei o motivo em falar tudo isso pra ti... desculpe. Somos tão parte um do outro que podemos sentir igual, ou parecido, por isso fico tranqüilo com essa confusão, pois sei que me compreende. Mesmo não sabendo muito bem quem é você, eu tenho um carinho grande, mas e daí? Tu também não sabe muito bem quem sou eu, a gente está tão acostumado a se esconder e se proteger que este escudo se tornou algo natural.

O Caio fala comigo e muitas vezes escreve o que eu sinto. Eu procuro fazer o mesmo com ele, mas me resumo a uma xícara quentinha de café. Ele se irrita comigo quando fico distraído, mas logo me perdoa quando eu lanço um sorriso meio maroto. O Caio agora é meu amigo. Eu quis escrever pra ele só pra ver suas covinhas aparecerem em meio de risos ao ler esta porcaria toda. Eu queria conseguir definir o Caio em palavras, mas não consigo. Talvez ele seja o meu abraço, meu sorriso, meu beijo, meu corpo emaranhado nos lençóis de alguém ou uma simples poesia.

Caio, fique que te farei café. Vamos plantar feijõezinhos? Sei que não é muito divertido, mas eu sou assim, mais simples do que pensa. Estar ao teu lado, sem dizer nada, apenas um contemplar a presença do outro já é bom.

O Caio não entende que na verdade eu sou uma imaginação. Ele é bom em fingir que não se importa, mas sei que no fundo o meu olhar penetra em sua alma e entranhas. O Caio sou eu, e eu o Caio, isso não é confuso, mas à beira do abismo, eu quase caio.
Bruno Akimoto
23/05/2012

domingo, 20 de maio de 2012

Resta-me sorrisos


Restam-me apenas imagens, que não saem do pensamento assim como milhares de sensações que tetnho em mim.
Há certas coisas que leio e me deixam assustado por serem tão iguais ao que penso. Tem gente que combina com nossas idéias, se encaixam em nossos beijos e nos aconchegam em abraços. Há sorrisos que cativam pelo simples fato de existir. Risos que entram em nossos ouvidos e ficam gravados. Tudo isso são sensações, e eu vivo delas. Tem gente que a gente pensa ser perfeito para pegar, guardar e cuidar. Sõ que não. Então é melhor deixar ir antes que a coisa fique mais séria, pois a dor fica mais diluída e a saudade do "nunca" fica vagando pelo espaço, machucando o peito de leve acompanhado de questionamentos e dúvidas que difícilmente são esclarecidas, por conta de fatos quea vida insiste em carregar.
Eu viveria tudo de novo se me fosse possível. E se eu tivesse a consciência de hoje, num passado não muito distante e específico, eu seria muito mais feliz.
Queria tanto poder fazer com que as coisas fossem mais fáceis, pois fico sempre a tua espera, mas tu não vem. Será que não fui o suficiente para ti? Tenho a impressão que Ás vezes viver é tão delicado. Tenho medo que tudo quebre e eu não possa fazer nada.


Caio Polonini
19/05/2012
"Que sem eu aí não tem ninguém pra te aquecer..."

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A pequena horta

Sentimentos e sensações definitivamente não foram feitos para explicar. Ventos e conexões me fazem ir para um tempo e espaço deliberadamente mágico. Como explicar o calor interno diante do frio externo? Que responsabilidade essa de carregar em si memórias e sentimentos. é mais complexo do que se pensa, e por vezes não se controla e transborda.
Tenho milhares de palavras para dizer o que sinto, mas realmente não sei como usá-las. O sol, o céu e o mar, quanto vale um abraço e o encontro de olhos com uma pureza que te envolve e encanta? É com simplicidade e encanto que construímos os melhores momentos de nossas vidas, e são estes pequenos pedaços que transformam o ser humano em algo melhor. E ainda são estas coisas boas que hora ou outra nos cutucam lembrando da saudade feliz que existe. Coisas que vivemos jamais voltam ou são iguais. A vida é única e singular, e estou salvo de repetições, porém condenado pela saudade que chega sempre para avisar que já é o momento de algo bom acabar. Apesar de tudo sou grato pela vida.
Um belo dia acordarei no meio da noite, olharei para o mundo em chamas, abrirei minha janela e gritarei para aliviar toda esta solidão em mim. Um dia desses vou me lamentar tanto da minha dor que não vai sobrar lágrimas para molhar meu rosto. Numa linda tarde eu poderia te dar adeus e desaparecer. Só que não.

Bruno Akimoto
02/05/2011

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Declaração pública


Carmen Miranda ao microfone, diante do público:

Olha só meu amor, tá vendo como eu fiquei? Tá vendo como eu estou? Viu só como depois de tanto tempo eu ainda não apaguei você? Sabia que apesar de tudo isso eu ainda sinto a sua falta? Você já parou para imaginar que até hoje eu acordo pelas manhãs procurando o seu abraço? Sabia que cada dia que passa eu morro mais de saudade? Aquele ditado de que o tempo iria melhorar as coisas não funcionou muito.
Todos os dias eu me esqueço que não tenho mais a ti, e estou todos os dias condenada a lembrar que não está mais...Hoje provei um "doce-amargo" que marejou meus olhos, fiquei confusa, procurei teu olhar, teu sorriso, aliás já fiz tanto isso que já virou rotina. Não encontrei nadinha, nem se quer algo semelhante. Eu queria acabar com essa droga de uma vez, mas não está dando certo. Se voltasse, eu perdoaria seus defeitos, admitiria os meus e teria a oportunidade de te mostrar que cresci. Não sou mais aquela criança que um dia foi deixada em uma esquina aos prantos.
Que tolice a minha, já me falaram tanto que isso é uma perda de tempo, mas eu não vejo assim. Eu não sei mais o que eu tô vendo, apenas tô seguindo o fluxo e não estou preocupada em saber onde isso vai dar. Eu queria acabar com essa droga... tá vendo, amorzinho? Você tá me fazendo chorar de novo, e eu não queria, eu só queria acabar com essa... mas eu não consigo. Percebeu, mesmo depois de tempos, que meu coração ainda tá apertado? Que burro, ele ainda tem esperanças e desejos. E eu não queria, eu só queria acabar... Dói, um pouco menos, mas dói. Eu só queria... Ainda não soltei sua mão, tô sentindo um calorzinho ainda; Eu só... minhas lágrimas não secaram, eu...

Bruno Akimoto
26/04/2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mochila


Eu quero ser a sua mochila, para poder ir onde você for e estar sempre agarrado a ti sentindo teu calor. Eu vou guardar todas as suas coisas, seus objetos de valor, mas também posso guardar seus segredos, tuas angústias, teus medos... eu serei o seu cúmplice, o seu amante, o seu amor.
Eu poderia ser qualquer outra coisa, mas decidi ser a sua mochila, e eu não vou me importar se você me jogar no canto, pois sei que em algum momento estarei agarrado a você novamente.
Eu quero ser a sua mochila, prometo suportar qualquer peso, segurar os seus livros e cuidar dos teus textos. Quero sentir o teu calor. O teu corpo. Tua transpiração e respiração. Correr com você quando estiver atrasado.
Se um dia você me deixar de lado, vou ficar triste, mas entenderei que vai precisar de uma nova mochila. Juro pelo meu coração, que mesmo sem você, eu te carregarei em mim, e então você seráa minha mochila que estará sempre pendurada em minhas costas. Eu terei tanta coisa para carregar, tanta coisa que a alma precisará dizer, até que um dia eu também vou precisar trocar de mochila... e o que será de nós dois?

Bruno Akimoto
25/04/2012
Para Luisa...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

It

Eu sou insanamente maluco, doido, pirado, louco, delirante, exaltado, frenético ou qualquer outro adjetivo neste nível que queiram me dar... E daí? O mundo é nosso e a vida tá aqui, na nossa cara, esfregando nosso fucinho no asfalto, e o que a gente faz? Vive ela sem medos e com muitas entregas. As coisas acontecem se você se permite, do contrário, vai continuar em frente a uma tela de computador escrevendo coisas que gostaria de fazer, mas jamais permite...
Penso tanto na vida e em coisas que me aconteceram. Sofro pelo o que não deveria mais, e um dia me perguntei: Você ja parou para pensar que talvez você já não ame mais aquela pessoa, e que talvez você só ame as memórias que viveu com ela? (...)

Bruno Akimoto 18/04/2012

domingo, 8 de abril de 2012

Você

Quantas vezes compartilhamos sentimentos incompatíveis, ou sem mesmo saber qual rumo vão ter? Já caí tanto por aí, mas nunca desisti de levantar. Eu preciso dizer o que sinto em mim, mas nunca sei o momento certo. Tenho medo de errar ou dar algum passo errado e me perder sem encontrar um caminho para me sentir seguro. Algumas vezes fico na dúvida se está no momento certo de colher a fruta, se está madura para se aproveitar. Sim, pois o amor para mim tem gosto de fruta preferida.
Tem dias que acordo observando com mais calma os detalhes da vida. Muitas vezes tudo passa tão rápido e despercebido que chego a me assustar com a proporção das coisas.
Fico ouvindo sua voz no meu gravador e depois em meu pensamento. Me sinto acolhido por algo abstrato que não sei definir um nome, uma coisa parecida com a sensação de pisar na areia depois de um dia todo com os pés calçados. Talvez seja a sensação que um peixe tem ao saber que está livre no mar para nadar para onde quiser e na intensidade que quiser. Mas ao mesmo tempo a sensação de correr vorazmente em direção a um abismo e ficar por um fio de vida...
Acordei num espasmo e por um segundo tive sensações de abraço, beijo e carinho que vieram do meu inconsciente. Que sensação estranha esta de ter saudades do que nunca tive. Que vazio oco este que pulula em mim. Acordar com sensações novas que nunca existiram não é comum. Olhei por uns instantes ao meu redor e percebi que não havia nada de diferente, nada novo, muito menos o seu número para eu te dizer que...

Bruno Akimoto
08/04/2012

Frutas vermelhas

(Frutas vermelhas que se resumiram em maracujá)

Passou um dia, entrei em desespero. Uma semana se foi, pensei que não suportaria. Depois de um mês, ainda estava muito fraco. Completou um ano, estou um pouco forte, mas não recuperado. Passará uma vida e sabe lá como vai ser. Há conteúdos de certos frascos que quando acabam não podem ser preenchidos novamente. Descobri que existem momentos únicos, com pessoas únicas que acontecem para ficar para sempre, mesmo que este sempre seja uma memória, uma lembrança ou saudade...
O calor que um dia me envolveu perdeu-se na vastidão do universo, e ainda me dói saber que é praticamente impossível recuperar. Sou frio. Estou frio, vagando sem um rumo certo, buscando um não sei o que na esperança de ser preenchido por um novo conteúdo e acolhido por um calor, que obviamente não serão os mesmos de antes, mas talvez elimine esta pedra de gelo que me tornei, antes que eu vire um iceberg a flutuar num mar vazio. Quero de novo frutas vermelhas, chocolate, café e vinho, para que minimamente eu te sinta em mim, mesmo que por um instante, mesmo que insanamente, mesmo que...

Bruno Akimoto
08/04/2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Prisma

É sempre tudo igual. Os dias passam e, apesar do movimento, percebo que tudo se repete. São as mesmas situações mas em dias e com pessoas diferentes. Ao mesmo tempo que tudo muda, nada acontece.
Encanto, muitas vezes vem acompanhado de expectativas, que por natureza geram decepções. Que medo alegre esse...
Esta sensação estranha que envolve o passado com presente e confunde o futuro, me deixa muito reflexivo. E é neste caos que tento me preservar para não morrer assim, tão rapidamente. Melhor deixar as coisas em seu percurso natural.
Que lindos olhos tem você, que ainda ontem eu encontrei e hoje nada mais passa de memórias. O encanto é uma repetição tão traiçoeira que sempre deslizo e caio em suas armadilhas. E os sonhos, onde ficam no meio disso tudo?
Tenho imensas e eternas recordações em mim, que são suficientes para alimentar sonhos que jamais acontecerão e encantos que na verdade são desencantos de fruta mordida.

Bruno Akimoto
06/04/2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Caixa de Pandora

Um dia tudo isso acaba e vai embora.
Vai embora!
Vai embora.
Vai embora?
Vou embora...

Eu tô morrendo em mim para nascer em mim de novo. É insuportável este peso de ser eu mesmo todos os dias. Vai embora?
Eu tô com medo de um dia desses fechar os olhos e não poder abrir novamente. Vou embora.
E o que a gente faz quando já não tem mais o que fazer? Vai embora!
Tá difícil respirar esse ar que me sufoca tanto. Chego a pensar em desistir. Vou embora.
E porque preciso viver de espasmos e soluços que não acrescentam em nada? Pra que insistir neste breu que se transforma em abismo que me seduz para o fim? Vai embora!
Eu tô cansado de me cansar, por isso, vou embora!

Caio Polonini
11/02/12

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Plenitude serena


A questão não é o que faz nosso coração parar e sim o que o faz voltar a bater suavemente e com tranquilidade. A sensação de leveza no peito, é a certeza de estar fazendo o bem a si mesmo. Este alívio vem valendo ouro para mim, que ando com o peito desassosegado. Falta ar para minhas inspirações que precisam de espaço para fluir. Estou calmo, sereno e com a sensação de vida pulsando por todo o meu corpo que clama por paz, e nada mais. Estou vivo, ainda há uma esperança.

Bruno Akimoto
15/02/2012


Ilusão e esperança

domingo, 29 de janeiro de 2012

Toska

Russian – Vladmir Nabokov describes it best: “No single word in English renders all the shades of toska. At its deepest and most painful, it is a sensation of great spiritual anguish, often without any specific cause. At less morbid levels it is a dull ache of the soul, a longing with nothing to long for, a sick pining, a vague restlessness, mental throes, yearning. In particular cases it may be the desire for somebody of something specific, nostalgia, love-sickness. At the lowest level it grades into ennui, boredom.”

Do Russo - Vladmir Nabokov descreve melhor: "Nenhuma palavra em Inglês define todos os significados de Toska. No seu mais profundo e mais doloroso, é uma sensação de angústia espiritual grande, muitas vezes sem qualquer causa específica. Em níveis menos mórbidos, é uma dor surda da alma, um desejo sem nada a almejar, uma dor aguda, uma inquietação vaga, agonia mental, anseio. Em determinados casos, pode ser o desejo de alguém, de algo,uma nostalgia específica, um "amor doente". Um nível bem baixo de aborrecimento ou tédio".

Logo, nunca...

Eu já fui tão mais empolgado, apaixonado, dedicado... Me sinto vazio, e quando olho para trás fico na dúvida em saber se viver no presente é melhor do que vivi no passado. Me sinto tão fadigado, impaciente, cansado de não sei o que.
Acordei tarde em um dia de domingo. Estava tudo tãos ilencioso e eu me senti como se estivesse em um lugar desconhecido, mas logo reconheci as paredes que emudeciam mais ainda o ambiente. Abri a janela e fui acolhido por um sol gostoso de um dia de nada e nem porque.
Eu estava sozinho e ainda inconsciente de sono, quando levantei-me e saí à sua procura. tudo estava vazio... os cômodos, os móveis, meu coração e alma.
Encontrei um bilhete junto a um prato com meu doce preferido que dizia: "Me faltou coragem e palavras. A minha cegueira não permite que eu no veja, saí sem rumo, logo volto".
Tanto tempo se passou e eu até hoje guardo em mim a dúvida do nunca e do sempre. Estou esperando esse "logo" distante que não chega...

Caio Polonini
29/01/2012