domingo, 29 de janeiro de 2012

Toska

Russian – Vladmir Nabokov describes it best: “No single word in English renders all the shades of toska. At its deepest and most painful, it is a sensation of great spiritual anguish, often without any specific cause. At less morbid levels it is a dull ache of the soul, a longing with nothing to long for, a sick pining, a vague restlessness, mental throes, yearning. In particular cases it may be the desire for somebody of something specific, nostalgia, love-sickness. At the lowest level it grades into ennui, boredom.”

Do Russo - Vladmir Nabokov descreve melhor: "Nenhuma palavra em Inglês define todos os significados de Toska. No seu mais profundo e mais doloroso, é uma sensação de angústia espiritual grande, muitas vezes sem qualquer causa específica. Em níveis menos mórbidos, é uma dor surda da alma, um desejo sem nada a almejar, uma dor aguda, uma inquietação vaga, agonia mental, anseio. Em determinados casos, pode ser o desejo de alguém, de algo,uma nostalgia específica, um "amor doente". Um nível bem baixo de aborrecimento ou tédio".

Logo, nunca...

Eu já fui tão mais empolgado, apaixonado, dedicado... Me sinto vazio, e quando olho para trás fico na dúvida em saber se viver no presente é melhor do que vivi no passado. Me sinto tão fadigado, impaciente, cansado de não sei o que.
Acordei tarde em um dia de domingo. Estava tudo tãos ilencioso e eu me senti como se estivesse em um lugar desconhecido, mas logo reconheci as paredes que emudeciam mais ainda o ambiente. Abri a janela e fui acolhido por um sol gostoso de um dia de nada e nem porque.
Eu estava sozinho e ainda inconsciente de sono, quando levantei-me e saí à sua procura. tudo estava vazio... os cômodos, os móveis, meu coração e alma.
Encontrei um bilhete junto a um prato com meu doce preferido que dizia: "Me faltou coragem e palavras. A minha cegueira não permite que eu no veja, saí sem rumo, logo volto".
Tanto tempo se passou e eu até hoje guardo em mim a dúvida do nunca e do sempre. Estou esperando esse "logo" distante que não chega...

Caio Polonini
29/01/2012