quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Tinta escorrida



Estou tentando esquecer as coisas que não me fizeram bem, as pessoas que me magoaram e os conflitos que enfrentei. Estou sorrindo ao lembrar das piadas, dos momentos que tanto me fizeram bem e das pessoas que amei. Estou me desmanchando em cores de um quadro que não terminei de pintar, escorrendo pela tela lentamente feito lágrima no rosto de criança que perdeu o brinquedo que ama. Estou estático feito boneco de cera, apenas observando tudo ao meu redor, apenas absorvendo tudo e guardando em meu coração de plástico.
Já não tenho mais a certeza se me amas, não posso afirmar se me queres, tenho dúvidas se ainda me deseja. O que sou para ti é incerto. Me perdi, encontrei novos caminhos. Me esqueci, escrevi novos roteiros. Me odiei, busquei novos amores. Minha essência permanece a mesma, pois as coisas sempre são iguais. Já reparou que tudo acontece por igual mas de formas diferentes? Um dia de chuva nunca é igual ao outro, mas é algo conhecido por nós, afinal sabemos o que é a chuva. A dor de um amor também nunca é igual a outra, mas é sempre a mesma coisa e eu sempre estou vivendo dessas mesmas coisas sem me dar conta de que a ilusão de que o "amanhã" vai ser diferente, é em vão. O que muda são as sensações.
Eu não quero mais esperar nada para o meu futuro, apenas desejar. Mas logo questiono-me: Se desejo, também espero? Talvez não, pois há uma diferença entre desejar e esperar, mas isso é bem contraditório, afinal se desejo é porque estou esperando concretizar.
Permaneço aqui, nesta sala em que tu me deixaste ainda estático apenas obervando o movimento, sem poder fazer nada, sem poder falar nada, apenas te observando, vendo seus atos e morrendo por dentro e nada posso fazer, absolutamente nada! O silêncio me é corrosivo e desta forma vou definhando. Você não me olha, pois para ti tornei-me apenas um quadro feio de tinta escorrida.

Bruno Akimoto
30/12/2009

Feliz ano novo, e que venha um 2010 melhor...
Bruno Akimoto e Caio Polonini

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O natal é mentira



Já é véspera de natal, e eu estou triste... todo ano é a mesma coisa, parece que todos me chateiam com seu egoísmo. Sou singular, não aceito isso, mas me conformo. Se me ama porque não se sacrifica por mim? Será que não sou digno de tal ato? Eu me sacrifiquei por você, perdi o que não tinha na ilusão de ser reconhecido, e hoje vazio de tudo, não tenho seu olhar, e o pior de tudo é saber que não tenho o seu sacrifício. Você julga tanto o amor, banaliza ele pra mim e eu, no meu silêncio, aceito sua mentira com dor no coração, pois pelos outros você é capaz de atravessar os mares, e por mim nem se quer um remo procuras para me ajudar. Estou afundando cada dia mais, perdendo meu oxigênio a cada segundo, deixando a água dominar meu corpo, minha mente e meu coração que hoje encontra-se nas profundezas.
Continue vivendo sua mentira chamada de vida, e me deixe de vez, pois mesmo que seja em lembranças tristes, os naufrágios jamais são esquecidos.

Bruno Akimoto
24/12/2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Último instante



Demorei a pegar no sono, não conseguia me entregar por inteiro ao meu estado ordinário de consciência e o motivo é em partes oculto. A escuridão é profunda, mas não a do ambiente em que estou no momento, me refiro ao meu interior que ultimamente é mais obscuro do que o breu da noite e eu inutilmente tento enxergar algo. Estou tateando em busca de um objeto para me fazer companhia, para que eu não me sinta totalmente desesperado e solitário. Estou procurando por inspiração e acho que só Clarice pode me ajudar.
Sinto seu cheiro exalando pelo ar, é inevitável omitir o que sinto, é imprescindível o meu desejo, é agoniante minha vontade, é dilacerada a minha compulsão, e enfim é assassinada a minha paixão. Não compreendo o motivo de permanecer estático quando falo em dor, talvez seja porque eu vivo dela e isso não seja mais novidade para mim, porém não quer dizer que eu não a sinta e que eu não sofra com dores que me acordam em meio de um sonho fisgando meu corpo, minha alma e meu coração.
Escrever não é a solução para todos os meus problemas, as pessoas têm uma visão errada de mim, de como sou e penso, de onde estou e para onde vou. Poucos me compreendem. Minha confusão mental é grande e eu não a causo sozinho, pois ela pode ser causada por qualquer coisa, pode ser estimulada por qualquer mudança, mas eu não faço isso só, pois mesmo que eu me sinta incompleto, não estou sozinho no mundo. Descobri que devo correr atrás das borboletas, afinal elas não param de voar e isso é constante, pois se me deito ao sol e deixo a vida passar, ela simplesmente passa, eu não deixo de sobreviver por isso, mas parado não vou a lugar algum e minha vida passa.
Ouço vozes me dizendo absurdos, conflitos entre minha voz com a tua são gritantes e por pouco não te abandono falando com as paredes, eu sigo o que penso ser melhor para mim, mesmo que no futuro eu descubra que errei, pelo menos segui aquilo que meu coração julgou ser bom. Quem tem a razão? Quem está certo a ponto de me impedir em fazer algo? Você ou eu? Nunca vi tanto questionamento e mais uma vez me pergunto até onde tudo isso vale a pena.
Estou sentindo sono, creio que logo me entregarei e estarei rendido à profundidade obscura que me impede de pensar no que não quero e que me desliga da realidade. Eu não posso controlar o meu amor, ele brota onde menos espero, e uma vez que nasce dificilmente morre, pois quando amo sou intenso e verdadeiro, cultivo com toda cautela feito flor preciosa e rara, pois é único e resistente, mas se um dia você decidir matá-lo, não tente reconquistar, pois retomá-lo é tão amargo que mataria a ti também. Não morra por mim, deixe que eu mate você, assim, aos pouquinhos, devagarzinho... Quando enfim eu constatar teu óbito, morrerei também, seria como viver a história final de Romeu e Julieta.
Estou chegando ao meu limite, saturado de tanto sentir coisas, cansado de tanto carregar mágoas, enfim chega o momento do descanso. Fecharei meus olhos e lembrarei do gosto de sua boca, talvez essa seja a última sensação que eu tenha antes de partir.

Caio Polonini
14/12/2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

Capítulo




Se as coisas tomarem rumos previsíveis, não te assustes, pois descobri que doces também amargam e flores também morrem. Não te espantes se um dia acordar e eu ter partido, é apenas o meu silêncio dizendo o que eu não consegui. Quando sentir minha falta, apenas tenha em tua lembrança coisas boas e carregue meu sorriso em teu coração. Se eu partir, não pense que foi algo previsível, pois quanto mais vivo nessa gangorra de sentimentos, mais tenho medo de cair e me machucar. Feridas são normais, ardem no momento, sangram e mesmo deixando leves cicatrizes, elas vão embora. Já estanquei meu sangue quando fervia, já sequei lágrimas quando ardiam, já morri e nasci diversas vezes feito fênix, que em suas cinzas sempre ranasce. O passado é por muitas vezes marcante, não se pode apagar algumas coisas. Estou procurando me controlar para não viver de nostalgia, de lembrar o que vivi de errado, de morrer pelo o que já passou. Por mais complicado que seja o coração eu aprendi a ter compaixão e estou me esforçando a aceitar a vida como ela é, embora isso ainda me espante muito. Estou assustado feito bicho do mato, escondido entre minhas escritas e com medo, escrevendo, tentando criar um novo enredo pro meu romance, porém não sei ao certo até quando escreverei, pois pra cada amor eu criei um capítulo, uns já concluí e outros creio que não conseguirei dar um ponto final, pois levarei comigo quando partir, talvez isso seja essencial.

Caio Polonini
12/12/2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Quebra cabeça




O que sinto neste momento é inexplicável, as palavras não podem traduzir tamanha confusão em mim. Quando chego a uma conclusão e enfim me sinto aliviado, logo a mão que coordena meu coração bagunça tudo feito um quebra-cabeça semi montado sendo destruído por completo. As peças misturam-se de tal forma que jamais se reencontram do mesmo jeito e na mesma sequência. Estou em um momento em que decidi me reiventar, mas quando decido o caminho a seguir, sou obrigado a desviar de pedras tortuosas que por muitas vezes me deixam feridas, e mesmo sangrando eu não desisto de seguir, mesmo aos prantos, não tenho medo de morrer, pois quando isso acontecer, apenas lamentarei por tudo aquilo que não vivi.
Estou extasiado com coisas que aprendi, sorrindo e sentindo saudades. Foi assim que você me deixou aqui em meu mundo vazio em que eu vivia sozinho. Você me trouxe alegria, a coisa certa que eu nunca tive, mas acabou... aquela teoria de que tudo dura o tempo suficiente para se tornar inesquecível se concretiza e eu chego a triste realidade que tudo tem um fim. Esta noite irei dormir sem seu desejo de que ela seja boa, e amanhecerei sem seu rosto angelical, sem seu sorriso matinal. Apenas me resta a conscientização de que tudo chegou ao final.
Me deixe partir enfim, preciso salvar o que ainda resta em mim...

Caio Polonini
06/12/2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Deixa-me




Já amanheceu, deixa-me lentamente, devagarzinho, assim que é para eu não sentir de uma vez, que é para eu não perceber logo de cara, que é pra eu me conformar, que é pra eu aprender a me sustentar sem cair. Meu pote de mágoa está cheio, e qualquer descuido pode ser a gota d’água, por isso peço para que me mate de uma vez, prefiro isso a ficar nessa agonia constante de incertezas delirantes. Olha o tempo que passa, olha a marca que fica e faz rima, olha a renda que cai, do vestido da menina. Está tudo acabando, e nada posso fazer a não ser observar a despedida que me apunhala o peito me fazendo dar gritos silenciosos de dores que não existem, que foram criadas e costuradas com linha transparente em meu corpo. Quando fecho meus olhos posso sonhar com você, e tudo fica tão sensível a ponto de eu ouvir a agulha que cai no chão fazer eco, estourando meus tímpanos, me fazendo sentir o toque, o cheiro e o gosto do que pode ser a gota d’água, apenas isso e mais nada. A voz me falta para o desfecho de tudo, e nesse momento procuro meu rumo, perdido, sozinho. Deixa-me aos poucos, feito viajante que não para em lugar algum, feito passarinho deixando o ninho, feito menino que deixa a infância, deixa-me lentamente, devagarzinho, assim, que é para eu não perder o costume de te olhar e me perder no mel, que meu coração é assim fraquinho e não pode se emocionar. Deixa-me então, se decidiu assim, ai de mim! Se tu partires, peço-te que não voltes mais, pois sou capaz de não resistir e desfalecer sem ter oportunidade de voltar atrás.

Caio Polonini
01/12/2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tu




Estou preso em uma abstinência fatal, em que não consigo ter controle de meus movimentos que se tornaram inseguros. Tu costumavas me visitar nos momentos em que eu mais precisava, e conseguia me trazer a paz arrancando o sorriso contido. O coração pulsava constantemente e as esperanças se tornavam sonhos feitos de espumas que hoje nada mais são, pois foram levadas com o vento. Tu costumavas invadir meus sonhos e os transformava com cores e sabores jamais vistos em outro lugar. Hoje quando procuro teus olhos no escuro, vejo apenas um vazio gritante, pois tu não estás mais como antes. Primavera não trouxe mais as flores costumeiras, pelo menos não no meu jardim. Tu te perdes de minha visão, mas não consegue fugir de meu coração, e sei que por onde voas, passarinho meu, estás bem e amando como deverias, é assim que deve ser. Tu costumavas invadir meus pensamentos nos momentos mais importunos, e eu adorava me perder da realidade para te imaginar sorrindo feito uma criança feliz que não precisa de preocupações sérias. Eu sigo cantando, transmitindo uma alegria que não me pertence e lembrando de momentos vividos. Mesmo saudoso, continuo andando. Tu costumavas dizer belas palavras e se esconder pela noite só para me deixar a te procurar, pois a cada encontro, eu sorria de forma diferente e alimentava cada vez mais a beleza da vida, nutrindo bondade. Tu costumavas dizer de brincadeira que me deixarias um dia, eu sempre temia por não poder lhe impedir, por não poder lhe prender, por não poder te obter. Tu te transformaste feito uma leve pena de pássaro rouxinol, que voou e nada deixou, apenas lembranças e desejos intocáveis que foram enterrados em um cemitério de incertezas. Questiono-me se tu realmente existiu e se ainda vagas o mundo contagiando tudo e todos com seu carisma de ser encantado. Eu, preso em minha abstinência procuro não morrer mais do que deveria por dia, estou buscando boa musica para dançar eternamente no sonho que sonhei só, pois cheguei sozinho e dessa forma partirei, e ao infinito buscarei o que não existe para ocupar o tempo, tudo isso sem tu que sempre costumavas dizer que era o vento, e mesmo nessa abstinência, eu posso sentir a tua presença.

Caio Polonini
27/11/2009


Yeah, this text is dedicated to someone whose name shouldn't be revealed.

Pedaço de mim




Tem um pedaço meu perdido no mundo, vagando sem destino, flutuando à beira mar... se for preciso, atravesso o universo só para encontrar. Perco-me na vastidão de olhares, me encanto na emoção de sorrisos, e me sinto pulsando feito um coração vivo e exposto ao mundo. Estou sorrindo e imaginando o meu pedaço perdido chegando para mim, e enfim eu me sentirei um pouco mais completo, um pouco mais amado, um pouco mais feliz. Mesmo cansado de nada ver, eu não perco a esperança que vive e me motiva a sobreviver a cada instante deste mundo cego. As emoções dominam meu peito, estou em um estado de levitação, pois ao me imaginar um pouco mais completo, saio de mim. Cada dia é uma nova busca, e ao anoitecer com olhos marejados de saudade de algo que nunca tive, adormeço e vivo o meu eterno sonho que um dia hei de realizar. Tu és como uma pequena folha em meu jardim, que ao tocar o solo se fixou criando raízes e hoje é tudo para mim.

Caio Polonini
09/09/2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Coração


O meu coração tem vida própria, pois bem sabe o que quer e o que não quer para ele. O meu coração é um ser sofredor que quando ama, precisa esquecer, e quando odeia, precisa perdoar. O meu coração é inconstante, e sofre por ser assim, mas quem ele pode culpar? As possibilidades da vida permitem com que ele aprenda a lição e encontre o caminho que precisa seguir, mas de erros ninguém pode se livrar, nem mesmo o meu coração que bate pouco de tanto procurar por outro, e cansado reclama demonstrando dor nas feridas que os caminhos lhe causam.
Eu não sei que busca é essa que meu coração insiste em sustentar, não acredito que ele vá encontrar a eterna felicidade, isso é coisa de livro que dificilmente se torna verdade. Às vezes chego a pensar em quão meu coração é burro, pois ama sem ser amado, mas mesmo assim pulsa, pois o amor já está enraizado. Quando as raízes resolvem brotar, sempre tem alguma coisa para matar, e é nessa árdua tentativa que meu coração envelhece, sem saber se um dia uma fruta amadurece.

Caio Polonini
23/11/2009

Tô voltando...



Gente, por séculos fiquei afastado daqui... é tão ruim sentir saudades não é mesmo? Por isso estou de volta. Nesse meio período sem publicar nada aqui, eu não deixei de escrever e viajar nas palavras com o Polonini, é que sempre me faltou tempo pra postar, tenho muitos textos guardados aqui, todos novinhos. Vou arrumar mais tempo pra me dedicar ao blog novamente.

Quero muito agradecer a quem vem aqui ler as minhas coisinhas, aos seguidores e aos comentários... obrigado! ^^

b-jos e abraços
=]

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Amor Cansado



A minha vontade é de sair vagando o mundo, sem um rumo certo. O vazio que existe em mim volta a me ferir, fazendo assim com que eu lembre de tua presença que tanto me instigou a sofrer. Estou bêbado de emoções contidas, querendo a qualquer momento desmaiar para aliviar o peso que meu corpo carrega. Eu gostaria de saber qual é o sentido destas coisas que sinto, pois sinto sem saber o motivo. Estou me sentindo debilitado neste calor de provocações intensas causando a tormência em meu coração. Luz matutina, esperança de menino que não morre em um átimo empoeirado de mentiras. Por um instante oco de minha vida, senti medo e inconsistência, senti um coração acelerar e parar ao mesmo tempo, fazendo um som como de um baque surdo de algo pesado caindo ao chão. Estou em um estado fora de mim, ouvindo e sentindo coisas que não condizem com meu corpo físico, sinto um cansaço mental em que não tenho mais paciência para nada, estou chegando ao meu limite. Já posso ouvir os sinos com ardor, já posso me apaixonar, afinal eu sempre quis ter alguém para me chamar de “meu amor...”.


Caio Polonini
28/09/2009

sábado, 26 de setembro de 2009

Inconstância.



Sem ar, foi como fiquei naquela noite. Naquela noite em que você me deixou. Nem rosas, nem bombons, nem um sorriso de consolo. Segredos guardados vieram à tona, a revolta pulsava em seus olhos pequenos e negros, enquanto dos meus saiam lagrimas, lágrimas de sangue por saber que nunca mais iria te encontrar, te tocar, te beijar... E foi então que em um milésimo de segundo senti algo inexplicável, algo que jamais senti antes, algo que me fez sair do transe, que me fez acordar do sonho que eu estava vivendo, notei que estava realmente sem você, notei que havia acabado de te perder. Senti como se uma faca estivesse fincada em meu peito, doía cada vez mais que você se afastava, e aos soluços implorei ao mundo que me tirasse o sofrimento. Agora é madrugada, estou sozinho refletindo, porém não chego à conclusão alguma de nada. Da mesma forma que tu chegaste em minha vida, partiste. Deixaste-me, e agora, na madrugada, sentado no meu abismo particular, olho para lua com a esperança de obter uma resposta, e ao olhar para os lados nada vejo, nada posso tocar, nada mais tenho para amar.

Caio Polonini e Tomas Martinelli
26/09/2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Se você me esquecer - por Pablo Neruda.





Quero que você saiba uma coisa.
Você sabe como é:
Se eu olhar a lua de cristal, pelo galho vermelho
do lento outono em minha janela,
Se eu tocar, próximo ao fogo, a intocável cinza
ou o enrugado corpo da lenha,
tudo me leva a você,
como se tudo o que existe: perfumes, luz, metais,
fossem pequenos barcos que navegam
rumo às tuas ilhas que me esperam.

Bem, agora,
se pouco a pouco você deixar de me amar
eu deixarei de te amar, pouco a pouco.


Se, de repente, você me esquecer,
não me procure,
pois já terei te esquecido.

Se você considera longo e louco
o vento das bandeiras
que passa pela minha vida,
e decide me deixar na margem do coração
em que tenho raízes,
lembre-se que neste dia,
nesta hora,
levantarei meus braços
e minhas raízes sairão a buscar outra terra.

Mas
Se cada dia,
cada hora,
você sentir que é destinada a mim
com implacável doçura,
se cada dia uma flor
escalar os teus lábios a me procurar,
ah meu amor, ah meu próprio eu,
em mim todo esse fogo se repete,
em mim nada se apaga nem é esquecido
meu amor se nutre no seu amor, amada,
e enquanto você viver, estará você em seus braços,
sem deixar os meus...


MUITO BOM!!! Esse é um tipo de texto que fala muitas coisas por mim e que eu dedicaria para muitas pessoas...
b-jos
Bruno
=]

Madrugada pensante




A noite chegou, estou me sentindo solitário sentado nesta calçada, observando a vida passar diante de meus olhos. Vejo crianças correndo ao meu redor, uma bela menina com seu sorvete de morango, um casal de namorados. Logo entardece e as crianças voltam para suas casas, o sorvete da garota acaba e os enamorados se afastam, tudo mudou, mas eu não. Eu permaneço onde estou. O luar está lindamente me banhando, meus pensamentos estão perdidos pelo mundo procurando pelos seus que se desgastaram dos meus. Olhe para o lado e repare: você é livre! Eu não tenho essa liberdade, porém a busco constantemente e talvez inutilmente, pois posso jamais tê-la. Diante da vastidão da neblina vejo seus olhos desaparecerem do meu campo de vista e então o silêncio me diz que este é meu último adeus, então brilhe! Seu futuro é lindo, feche os olhos e quando os abrir tudo estará feito, brilhe! Onde quer que esteja, ao menos se lembre de mim, pois desta forma sentirei paz em meu coração que luta para se livrar dos medos e incertezas que eu mesmo criei. A noite é silêncio, reflexão, segredo, medo, sossego. Logo adormeço guardando todas as palavras que emudecem em mim. Tudo escurece...

Caio Polonini
09/08/2009

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Amor cego




Melodias matutinas, pássaros cantando, cheiro de flores que brotam dos galhos das árvores, sol fraco aquecendo minha face. É primavera, meu coração se enche de alegria. Na verdade acho que tudo isso nada mais é do que paixão acompanhada de uma batida de jazz. Sinto uma agradável sensação, sinto um gosto levemente doce, sinto-me leve em um lugar que eu nunca havia estado antes, sentado em baixo de uma árvore perfumada, sentindo a brisa tocar meu corpo, sentindo o perfume das flores, tudo ao som de um jazz...
Pensando, refletindo e não me preocupando com o tempo que está passando, estou extasiado diante de um belo céu azul, estou com sensações de leveza, como se eu tivesse entregado meu corpo para o vento, voando, deslizando, sumindo, me consumindo. Estou fingindo que você está aqui segurando minha mão, sinto o calor aquecer todo meu corpo e preencher meu coração, estou olhando para você e lhe dizendo que pode confiar em mim, posso notar meu sorriso sincero piscando feito luzes ofuscantes, está tudo aqui em minha mente, em minha imaginação. Vou transformar minhas palavras em realidade, sei que isso é possível, acredite em mim antes que eu lembre que o amor é cego.

Caio Polonini
06/08/2009

Inspired in "I head the love is blind" by Amy Winehouse

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ao acordar...




Bom dia...
Hoje acordei pensativo como quase todos os dias, estou sentindo uma sensação estranha que não encontro palavras para definir, talvez seja uma mistura de um pouquinho de todos os sentimentos que existem no mundo. A minha alegria é saber que antes de dormir eu posso escrever, e ao acordar também posso, isso alegra-me pois escrever é divino para mim, me faz bem, me faz melhor. Ah e olha eu já começando a pirar aqui nas palavras né? Estou aqui, pensando em vc e ouvindo "Ne me quitte pas" na voz de Maísa, a voz dela é bonita, você também é, ela canta e você me encanta.

Vou tomar café...

Voltei, agora sinto preguiça, quero um abraço, quero um beijo, quero estar ao seu lado na praia, deitado, dormindo, conversando, rindo... aproveitando os momentos que a vida tem a nos oferecer, mas a distância nos impede. Essa noite eu te encontrei, você estava em meus sonhos feito uma criatura encantada, me fez acordar inspirado e agora escrevo versos, prosas e poesias.

Caio Polonini descobre o que é o amor!
04/08/2009

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O pequeno príncipe




E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.

Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"


(...) é isso

b-jos
Bruno
=]

domingo, 2 de agosto de 2009

Com a lua



Todas as noites eu me perco no escuro e em meus pensamentos. Me sinto vazio, incompleto e perdido em busca de algo que não posso ter. Não posso compreender essa minha necessidade de querer ser, de querer estar, de querer amar tudo o que não posso ter, de tudo que se tornou impossível, de tudo o que morreu com o tempo. Estou sentindo angustia em saber que o sonho acabou, que tudo não passou de uma mentira, uma grande mentira, uma bolha de sabão que estourou. Me sinto sem rumo, desnorteado feito uma bússola quebrada, desfragmentado feito um livro sem algumas páginas, simplesmente desfigurado de amor inacabado. Estou cansado de ser só, de não poder dividir o que tenho, pois sou um egoísta e guardo tudo pra mim, não sei dividir, não sei compartilhar. Tenho excesso de amor, tenho excesso de dor... um dia desses eu ainda descubro a forma correta de lidar com minhas dificuldades, um dia desses eu ainda aprendo a mudar e a melhorar, mas até esse dia chegar sinto que irei sofrer e na clara luz da lua, chorar por estar oco, vazio e sozinho...
Deixo meu pranto rolar, minha incerteza me aniquilar, e vou morrendo com as lembranças deixadas que ficarão pra sempre guardadas em meu coração.

Bruno Akimoto
02/08/2009

sábado, 1 de agosto de 2009

Um dia você vai entender



Venha me assistir!

Estou em cartaz no Teatro Camargo Guarnieri com a peça:"Um dia você vai entender". Ela discute a relação entre mãe e filho durante a descoberta da homossexualidade deste, incluindo a repercussão entre os amigos.

A temporada será de 01/08 a 13/09

Sábados ás 20h30h
Domingos ás 20:00h
dias 20 e 27 de setembros (dois domingos) ás 20:00 horas

Inteira: R$20,00
Com flyer, estudantes, nomes na lista e falando que são meus convidados: R$10,00.

O Endereço é esse:
Rua nova dos Portugueses nº365 - próximo a Avenida Imirim e ao Cemitério Chora Menino.
Saindo da estação Santana para o lado esquerdo pegar o onibus Vila de Santa Maria 971T e pedir para descer na Faculdade é só atravessar a rua.

TE ESPERO LÁ!

b-jos
=]

-

Faltou coragem para escrever, faltou coragem para dizer... deixa pra depois.

b-jos

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Confissão de ator





Eu já descobri que me sinto completo no teatro, ele me faz esquecer um pouco a realidade, me faz viver em outro mundo. É uma pena que depois de tudo a realidade volta, a tristeza continua, as respostas para perguntas não existem, a saudade de muitas coisas é constante... e assim vai, assim a gente segue, a gente vive, afinal não podemos viver na fantasia pra sempre né? Uma hora precisamos sair da bolha e respirar o ar poluído do mundo, da vida, precisamos ver com nossos olhos a sujeira, a atitude das pessoas e saber suportar tudo, saber ser forte para enfrentar de frente e mesmo com as constantes recaídas, mesmo com as lágrimas, com as dores, precisamos erguer a cabeça, respirar fundo e ver que nem tudo está perdido, que sempre há uma nova chance, uma nova esperança, um novo dia, um novo começo. Muitas vezes somos fracos e até entendermos tudo pode demorar, mas as coisas sempre se encaixam em seu lugar, basta dar tempo ao tempo, basta saber contornar tudo com a ciência de que amanhã o sol vai nascer de novo e o vento vai soprar o caminho a seguir...

Sinto saudades de vc meu amor, vem que eu conto os dias, eu conto as horas, cada segundo é muito tempo sem você, cada segundo morremos um pouco, cada segundo é precioso, cada sorriso é memorável...

b-jos saudosos de todos meus amores,
Bruno Akimoto

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Carta de papel



CHEGARAM OS TSURUS!Que alegria, que alegria! Um sentimento pode ser transformado em qualquer coisa para ser representado, o meu atravessou fronteiras, o oceano e chegou ao seu destino desejado... que não morra em mim, ou melhor, que não morra em nós, todos nós, o sentimento chamado amor. Agora, sim posso publicar o texto "oculto, e talvez consigam descobrir o motivo pelo qual escrevo hehehehehe. Texto livremente baseado em "Água viva" de Clarice Lispector, dedicado a um "Pokémon" hahahahha

Ao mesmo tempo em que tenho tanto para lhe escrever, não tenho nada. É como se o que eu tenho para falar fosse algo interno que ainda não encontrou uma forma de vir ao mundo. Estou sentindo uma sensação de desespero em escrever, talvez na tentativa de conseguir expressar o que agora é inexpressivo. Na busca de palavras que completem o que eu sinto. Ao mesmo tempo em que lhe conheço e sou capaz de decifrá-lo, eu nada sei de ti, nem ao menos a cor de seu fio de cabelo, nem ao menos a sensação de seu toque em minha pele.Vou te dizer que o que eu sinto é abstrato, é camuflado, é um falso cognato. E quando lhe escrevo não é porque quero, mas sim porque sinto a necessidade de me livrar das palavras acumuladas. E quando me canso da vida e fico entediado, é porque parei de sonhar e estou encarando a realidade nua e crua. Descobri que preciso de sonhos para sobreviver. Vou te dizer que o que mais quero no mundo é poder sorrir e me sentir feliz, mesmo sabendo que isso é momentâneo, e quando lhe escrevo não é só para me livrar das palavras, mas para me sentir feliz, pois com você sou capaz de me sentir assim. Peço então que não me deixe sozinho no mundo, pois não te escrevo para suplicar por nada, apenas para pedir o seu carinho. Posso dizer que me sinto inspirado neste momento solitário que compartilho contigo. Digo-lhe então um imenso obrigado por compartilhar fragmentos de minha vida com você, pois escrever, pra mim, é como respirar ar fresco. Sinta neste momento o meu sopro de vida e guarde ele contigo.
Confesso que me sinto surpreso comigo mesmo. Não pensei que seria capaz de sair de cena e te escrever em meu camarim, pois como vê fui capaz de tocar o inexpressivo, e mesmo que talvez não esteja tudo muito claro, eu não me importo, afinal eu não gosto de obviedades.

Bruno Akimoto
02/07/2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tormento


O amor é pesado demais para querer carregar, digo isso, pois nas inúmeras vezes que tentei não consegui, de uma forma ou de outra ele fugiu de mim, evaporou, transformou-se em líquido escorrido pelos meus dedos, bateu suas asas, explodiu ou simplesmente sumiu. O que não compreendo é porque ele insiste em me enganar com seus disfarces de garoto travesso, por mais que eu não o queira ele volta causando reviravolta em meu coração. Percebi que a busca pelo preenchimento de vazio é eterna, mas não posso ficar o tempo todo atrás de algo que não sei ao certo se existe, eu não posso viver na incerteza, eu não quero morrer de tristeza. O sol da manhã aqueceu meu coração, eu sorri, quando dei por mim o amor estava aqui, mas como posso querer viver um amor de verão se o inverno ainda não chegou ao fim? Agora estou de volta de onde não comecei, de onde nunca imaginei estar, de onde jamais poderei retornar, pois a cada dia conheço uma diferente forma de amar, acho que é por isso que sou tão enganado, estaria eu condenado a não entender o amor? Vou dar tempo ao tempo, só assim poderei me curar deste tormento.

Caio Polonini
20/07/2009

domingo, 19 de julho de 2009

Noite, frio, despedida



Na verdade eu não tenho muito o que escrever, apenas fiquei com vontade de jogar mais algumas palavras ao vento, tentar mais uma vez descrever o que meu coração sente, mas é uma coisa tão impossível que eu não sei porque ainda não aprendi, não sei porque insisto com algumas coisas...
Quando penso enfim ter encontrado a paz, acordo literalmente do sonho e vejo que nada é realmente como eu enxergava, o meu problema é que eu não estava vendo as coisas como elas realmente eram, estava envolvido por uma nuvem de mentiras que eu mesmo criei. Eu não sei mais como alimentar a planta que está em meu jardim, não sei se coloco adubo, ou se a vejo murchar lentamente sem fazer nada.
Vou dizer que no momento meu coração está totalmente anestesiado, estou digerindo as coisas lentamente e talvez isso demore a acontecer. Mas não culpo ninguém por isso, afinal de quem é a culpa se eu sou um tremendo paspalhão? Estou assim, em um estado indefinido, juro que não estou triste e nem feliz, estou neutro, anestesiado... talvez quando eu acordar saberei o que realmente será de mim, como realmente será o meu futuro. Nada mudou, nada mudará, apenas não sei mais como amar, preciso educar esse sentimento rebelde em mim.

Caio Akimoto
Bruno Polonini
Caio Polonini
Bruno Akimoto

Quem? Como? Quando? Onde?

(...)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mudez



E então, eis que pela manhã me surge um sentimento gritante, me fazendo acordar assustado com o coração acelerado de um recente pesadelo. A noite silenciosa é capaz de produzir escândalos internos de uma criatura em sua abstinência pela vida. E então, eis que se perde o medo e nota-se tudo ao redor, todos os móveis e objetos permanecem em sua mudez contínua, nada é novo, tudo permanece como está, sempre foi e continuará sendo. Preciso parar com a ansiedade e eliminar a indecisão dos meus desejos pessoais, porém descobri que é mais difícil querer algo sozinho, afinal um sonho que se sonha só, não é sonho. E então, eis que ao dormir, me vem pensamentos preguiçosos das possibilidades de sobreviver, mas o que mais me mata é o silêncio da vida, isso me deixa perdido e sem saber o que fazer, me sinto obrigado a seguir os meus extintos e confiar no meu tato. E então, eis que em minha mudez e no silêncio da vida, sou capaz de morrer por instantes, mesmo que por um curtíssimo período, morro. Obviamente que isso é no sentido figurado, pois o silêncio ao mesmo tempo em que é morto, é vivo, pois é capaz de dizer mil coisas em segundos, mas para isso eu talvez precise ver os olhos laranjas que marcaram o meu coração na minha frente, apenas para ter a certeza da verdade que apenas os olhos, independente de sua cor, podem transparecer. A tarefa de interpretar a vida não é fácil para ninguém, infelizmente não podemos encontrar a tal perfeição, afinal, ela não existe e nunca existiu, é tolice procurar por algo apenas imaginável por nós. Creio que não exista a fórmula certa para muitas coisas na vida, creio que não existam respostas para todo questionamento... Ora, não vejo motivos para me preocupar com essas coisas, talvez banais, do cotidiano, apenas quero viver o momento e aproveitar o instante antes que tudo acabe e se torne uma história em um livro de capa velha e amassada. E então, eis que tomo coragem, me levanto e vou regar a minha flor no jardim.

Caio Polonini
17/07/2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Memória de emoções



Se eu pudesse eu eternizava alguns momentos de minha vida, guardaria cada instante precioso para não perder jamais. Existem pessoas que nos conquistam e não tem noção do quão são importantes. Estou em uma fase de minha vida que procuro coletar os momentos bons e a essência das pessoas, mas acontece que isso não é uma tarefa fácil e também não é para qualquer um, afinal, as coisas boas são como um voo de borboleta: belo, porém quando menos se espera já passou. Estou sofrendo as consequências  do amor, das mais prazerosas às mais dolorosas, pois quem ama é capaz de ter noção do que é o céu e o inferno, é capaz nascer e morrer e de se entregar sem o medo das consequências que isso pode lhe causar, pois amar é como se você saísse de sí mesmo sem objetivo ou rumo, como se estivesse tateando no escuro, em busca da saída. Eu não encontro respostas para os meus questionamentos contínuos, estou no escuro agora, tateando em busca da saída. A vida não é de se brincar pois no escuro posso até me machucar, e mesmo sabendo deste risco, quero continuar, afinal qual seria a graça da vida sem correr riscos? Ora, eu não quero morrer no escuro, mas talvez quando eu encontrar a saída seja o fim de tudo, esta é a razão pelo qual não sei o que faço. Os pássaros que aqui cantavam, nem os ninhos deixaram, tudo ficou guardado na minha memória de emoções e de momentos eternizados por mim, que hoje defino em uma frase: "sinto saudades".

Caio Polonini
16/07/2009

sábado, 11 de julho de 2009

Perdição



Estou em um estado fora de mim, vivendo coisas como se elas não existissem, custando a acreditar que o inimaginável se tornou real. Acontece que vivi um sonho e não sei se realmente estive nele. Através de seus olhos laranjas, descobri que o amor existe, que é lindo, é vasto e deve durar. Noites turbulentas de pensamentos e desejos proibidos me perseguiram por séculos, mas agora posso dizer que encontrei a calma neste sonho que me faz delirar, me arrepia a pele, faz meu coração palpitar. Eu não sei bem o que fazer e como conseguirei dosar, pois ao mesmo tempo que me causa dor, me causa alegria ou algo que eu não sei nomear pois nunca tive. Tudo é o oposto do que o homem que fica na sala com seu cigarro acesso pela madrugada é capaz de delinear com sua sabedoria. Estou recém acordado do sonho, meio confuso e sem saber se de fato tudo foi real, eu não sei por quanto tempo vai durar. Eu não sei definir em palavras o crescimento de uma semente que foi plantada e quando menos se esperou, fez uma flor desabrochar. O que eu quero não tem existência, mas sei que virá para mim, existirá em mim. Peço por favor que não me deixe cair, me segure, pois quando eu ficar fraco e não encontrar seu apoio, sinto que o sonho irá se desmanchar feito poeira no ar.

Bruno Akimoto
11/07/2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Matei o amor



Eu matei o amor, confesso o meu crime sem medo ou pudor de ser repreendido. Matei, assassinei, esquartejei. Mas, mesmo morto, descobri que o amor ainda vivia. Seria ele infinito e indestrutível? Creio que o meu assassinato não passou de uma tentativa em vão, pois matei o amor e ele sobreviveu. O amor pulula a cada segundo e não tem fim. Já percebi que não tem jeito, morrerei e o amor viverá, pois ele sempre vence, é mais forte do que eu.
Estou em um momento emotivo, seria egoísmo não querer morrer? Mas ao mesmo tempo procuro saber qual o motivo de viver. Estive observando as pessoas ao meu redor, comportamentos são tão imprevisíveis, pessoas são tão estranhas. E quanto ao amor? Hoje acordei pensando muito nele e nas diversas formas de sua existência. Se não há saída, declaro aqui que quero morrer de amor, não quero outra justificativa ou desculpa, e que em meu óbito a causa da morte seja essa. Já que não posso me livrar dele, me juntarei a ele, mesmo com as cicatrizes que me causou.
Já começo a escrever bobagens, estou sentindo que meu espírito não está em sintonia com meu copo e mente. Seria este o momento propício para morrer? Estou desregrado. Nas rimas do meu estilo, digo ao tempo que apenas me deixe amar um amor e ser amado, pois em vida posso sentir isso, posso sentir o sabor das palavras a cada suspiro, a cada sopro de vida. Em meus altos e baixos, sobrevivo. Sobreviver é pulsante, é vermelho, é vida, é amor... O amor, mesmo que passageiro, mesmo que doloroso faz parte da vida. Amor, amar, amo, amarei, junto tudo em uma coisa só e nos amaremos, e morreremos assim como um texto que morre quando lhe falta palavra, este morre aqui, triste fim.


Caio Polonini
06/07/2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Amo Clarice




Eu simplesmente AMO Clarice Lispector...

"E eis que depois de uma tarde de 'quem sou eu' e de acordar à uma hora da madrugada em desespero, eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei.
Fui ao encontro de mim, calma, alegre, plenitude sem fulminação. Simplesmente eu sou eu e você é você, é lindo, é vasto e vai durar. Bom, eu não sei muito bem o que vou fazer em seguida, mas por enquanto olha para mim e me ama.Não! Tu olhas para ti e te amas, é o que está certo."


(Clarice Lispector - Água viva)

Passei o dia fazendo tsurus, ouvindo músicas e escrevendo coisas do meu coração...
b-jos
Bruno
=]

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Causas



O motivo pelo qual te escrevo, não existe.
O motivo pelo qual te amo, não compreendo.
O motivo pelo qual te desejo, não é real.

A razão pela qual respiro, não é explícita.
A razão pela qual sonho, não é normal.
A razão pela qual sofro, não é explicável.

A vontade que tenho de ti, não pode existir.
A vontade que tenho de te ter, não é de se alimentar.
A vontade que tenho aqui no peito, não pode se realizar.

O desejo de ser e estar, não condiz com minha realidade.
O desejo de poder amar, é mais do que uma amizade.
O desejo de querer, nem sempre é desejo, e sim vontade.

O motivo é a razão da vontade que desejo.

Caio Polonini
29/06/2009

sábado, 20 de junho de 2009

Aperto...



Quanto mais vivo, mais morro... é isso faz sentido. Tenho meus momentos de êxtase que sempre passam tranformando-se em nada. Ao mesmo tempo que sou contemplado como uma obra de arte rara, com o tempo nem sou visto como uma meia velha e suja. Olha, estou sentindo um aperto explosivo no meu coração neste momento... juro que mal dormi com isso. Como pode alguém ser tão assim... "travado" como eu? Da mesma forma que atraio as pessoas, eu as afasto e isso me mata aos poucos. Não quero paracer dramático, mas eu precisava escrever, precisava tentar tirar um pouco desse peso. E quando Caio Polonini diz: "Confesso que perdi todos meus amores, não pude evitar" eu compreendo e me identifico totalmente.

A minha vida, eu preciso mudar todo dia... talvez eu seja pesado demais para mim mesmo. É tudo tão complexo que sinceramente não sei o que faço. Estou perdido em um labirinto de tristezas a ponto de qualquer momento cair no abismo sem fim...

Ah... sei lá. =/
b-jos
=]

sábado, 13 de junho de 2009

Eu Sei e Você Sabe de Vinícius de Moraes



Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo
levará você de mim

Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
E todo grande amor
Só é grande se for triste

Por isso, meu amor,
Não tenho medo de sofrer
Pois todos os caminhos
Me encaminham a você

Assim como o oceano
Só é belo com o luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar

Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer

Assim como viver sem teu amor
Não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

b-jos
Bruno

Sem identidade



Fechei a porta, apaguei as luzes e sentei-me na cadeira, pensativo. Desisti de esperar, fechei o meu coração. Estou sentindo um frio anormal que me faz tremer e chorar ao mesmo tempo. Estou em uma crise de emoções. O chão lúdico que eu insistia em acreditar ser real, acabou e me vi sem chão, sem ar, sem sua mão para me segurar. E agora? Que faço se você se perdeu em meus sonhos de amor em busca de sol e me deixou no frio? Confesso que perdi muitas coisas em minha vida, inclusive amores, mas não pude evitar. A cada dia que passa a vida me prova que nada é fácil. Talvez aceitável, mas nada fácil.
Não quero reclamar da sorte, ou da vida, mas acontece que da mesma forma que não tenho motivos para ser triste, não tenho motivos para ser feliz. Estou em um estado neutro entre eu e a vida. Sinto-me sujo, pornográfico e sem expressão. Perdi o que restava em mim, perdi minha identidade, minha essência... o que faço? Não pude evitar!

Caio Polonini
13/06/2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Realidade distante



Estou melancolicamente pensando com meus botões, refletindo sobre tudo e todos. Questionando-me sobre a existência e sobre o "penso, logo existo". Calo-me, pois ao mesmo tempo em que tenho tudo para dizer, não tenho nada. Sofro em meu mundo fechado onde deixo o meu pensamento alado. Sinto que estou morrendo, definhando, desaparecendo deste mundo enigmático, onde aprendi a ser um mistério, que de tão secreto, torno me uma incógnita para mim mesmo.
Estou tão longe de mim que quando tento me encontrar, me perco. Por onde observo, estou cercado de olhares e sorrisos, de sonhos e desejos, ilusões e desesperos. A cada momento vivido, sinto que nada sou, que nada fui e nada serei...
Não sou pessimista, apenas realista. Talvez, de tanto refletir, descobri que minha realidade está distante da sua, está dividida por um oceano de falsas promessas e sonhos abandonados que se transformaram em pedras. Talvez as pedras sejam sonhos abandonados, é isso! O motivo do meu cansaço são as pedras que insisto em carregar, deixá-las-ei para trás e procurarei por algo que não conheço, estou seguindo por um corredor escuro sem noção de quando acaba o chão.


Caio Polonini
09/06/2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Batatinha frita




Batatinha frita

Fiquei o dia todo cantando aquela música e rindo feito bobo. Obviamente eu estava pensando em você e imaginando a gente cantando juntos e fazendo muita bagunça. Será que esse mundo fantasioso tem limite? Até quando e quanto a imaginação e o pensamento podem ir? Vivo pensando, sonhando, imaginando... hoje acordei meio assim, sei lá, acho que com vontade de brincar, bagunçar, cantar, pular... mas com quem? Ser gente grande é um pouco chato sabia? Há coisas boas, porém é bom soltar, de vez em quando, a criança que há em nós.
Vem, me dê a sua mão. Vamos brincar juntos, dar risadas até a barriga doer.
Vem, vamos correr, brincar de ser mocinho e índio, polícia e ladrão.
Vem, me dê a sua mão, vamos correr, brincar de pique esconde, deixar o tempo passar, esquecer das preocupações.
Vem, me dê a sua mão, vem ser meu amigo.
No fim do dia, vamos deitar na praia e contemplar o sol se despedir do céu e adentrar o mar. Vamos jogar conversa fora e esperar a lua, divina lua, chegar. Ela preenche minhas noites vazias. Somos confidentes, a lua e eu.
Vem comigo? Vem que eu te espero...

"Batatinha frita, frita com manteiga, novo sabonete Gessy, picolé de abacaxi..."

Bruno Akimoto
05/07/2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Contemplando a Lua



Escrevo, logo penso!
Óbvio isso? Não sei...
Ficar mais velho é amadurecer pensamentos, remanejar atitudes, entender melhor os sentimentos.
Isso não me torna um sábio; talvez, em um príncipe encantado...
Pessoas me ensinam a viver, a vida me ensina a amar; fragmentos, a sonhar.
Tudo tem limite, tudo tem um sim, será que consigo controlar o meu amor sem fim?
Me dê a sua mão, me dê a sua mão...

Estou a contemplar a lua, sinto-me banhado por sua luz.
Estou a contemplar a lua, sinto-me acompanhado neste frio.
Estou a contemplar a lua, sinto-me apaixonado ao amanhecer.
Estou a contemplar a lua, sinto-me angustiado por não saber...

Qual o sentido de sentir?
Eu não encontro explicações.
Qual a função da distância?
Afastar os corações...

Estou a contemplar a lua...

Bruno Akimoto
04/06/2009

sábado, 30 de maio de 2009

A revolta de Polonini




Não provoque o Polonini... hehehehe
Depois de ler coisas, ele resolveu responder:

Fragmentar-se não é para qualquer um, talvez seja um privilégio despedaçar-se e recompor-se com tanta facilidade. Mas acontece que a vida é cheia de fragmentos e precisamos deles para montar grandes coisas. Se eu não me concentrar nos pedaços em que junto, como posso neles confiar? Que faço se pequenos pedaços se tornam grandes e tomam conta de mim? O problema é que eu não sei e não posso controlar minhas emoções, portanto o que sofro são apenas consequências. Não quero me limitar a viver em um mundo fechado, preciso da imensidão do universo, para poder me expandir e desta forma multiplicar o que há de bom em mim. Para formar um conjunto, necessito sim de fragmentos, e à partir do momento que me comprometo a transformar tudo em uma coisa só, me concentrarei em cada pedaço encontrado. Sou um que foi sempre um, fragmento alado formado de outros fragmentos. Seria eu um conjunto? Obviamente que sim. Mas percebo que este ciclo nunca é completo e não tem fim, pois quando fragmentos tornam-se conjuntos, conjuntos se tornam fragmentos em busca de outros para transforma-se então. Que confusão! Talvez eu esteja em uma crise de tentar descobrir se sou fragmento, ou conjunto... melhor mudar de assunto.

Caio Polonini
28/05/2009

b-jos,
Bruno

domingo, 24 de maio de 2009

Fragmento




Estou em uma confusão de sentimentos e coisas... sei que não posso esperar nada de ninguém, mas acontece que às vezes criamos expectativas que podem ser desleais. "Tudo o que quer me dar, é demais, é pesado, não há paz, tudo o que quer de mim, ideais, expectativas desleais..."

Trecho de um texto do Polonini que tanto gosto e que surpreendemente arrancou lágrimas de um alguém que vive em mim, mesmo distante. (M.F)

"Vou sobrevivendo a cada dia na eterna esperança de me apaixonar cada vez mais, de cada vez ficar mais encantado, esperando simplesmente por esperar aquilo que não sei bem ao certo o que é."

Caio Polonini
21/05/2009

Não quero escrever muito hoje... estou fragmentado, vivendo apenas de trechos.
b-jos
Bruno Akimoto
=]

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Diálogo


05:50
-Quero te beijar.

6:00
-Quando nos veremos de novo?

6:01
-Breve incerteza.

6:01
-Só pra saber... só pra ter a certeza de que você existe, de fato.

6:02
-Não existimos, somos uma fantasia. Nos veremos de fato na nossa próxima fantasia.

6:02
-Isso é bom ou ruim?

6:02
-Ótimo!

6:02
-Diria eu inspirador

06:04 (end)

22:01 (new one)
-Somos uma fantasia, que causa ilusão.

22:03
-É uma coisa abstrata...

17/05/2009
B&M

sábado, 9 de maio de 2009

Noite fria...



Alô leitores anônimos, acho que vocês não existem né? Quem perderia tempo em ler esse blog? Só eu mesmo... mas não me importo, não escrevo para ninguém, escrevo para mim. Na verdade posso dizer que "escrevemos" pois tenho parceria com o Polonini. Quem é Polonini? Ora, nem eu sei direito, mas sei que existe e vive em mim. Estou escrevendo hoje, em uma noite de sábado com uma chuvinha fraca... sem ter o que fazer e com quem conversar. Às vezes me sinto tão sozinho no meu mundo que parece que não tenho ninguém... se bem que sei que não estou sozinho pois escuto a TV na sala falando sozinha, escuto meu irmão no andar de cima fazendo barulho, escuto minha mãe na cozinha cantarolando... sou sozinho, mas ao mesmo tempo tenho todos! Dá pra entender isso? Sei lá... mas muitas vezes sinto vazio no meu coração, sempre me falta algo. E é nessa solidão que me consome, que eu sofro e derrubo lágrimas...

b-jos
Bruno
=]

Canção de Perlimplim


Amor, amor que estou ferido,
ferido de amor fugido.
Ferido...
Morto de amor.
Digam a todos que foi o rouxinol, bisturi de quatro cumes,
Garganta rasgada, esquecimento.
Segure em minha mão amor, que eu venho muito ferido...
Ferido de amor fugido,
Ferido...
Morto de amor.


b-jos
=]

domingo, 12 de abril de 2009

Angústia



Resolvi parar tudo o que estava fazendo, para simplesmente escrever... Não para alguém em específico, mas precisava disso. Acontece que não quero chatear as mesmas pessoas com meus problemas e muito menos fazê-las se preocupar comigo, mesmo que essa preocupação seja momentânea. Sabe quando você se sente fragilizado em alguns momentos de sua vida? Pois é... parece que ninguém percebe a sua existência, e que de fato não seja uma presença tão importante assim. As pessoas podem fingir sabia? Eu já tive provas concretas (ou não tão concretas) disso. Palavras muitas vezes são jogadas ao vento e perdem-se com o tempo.
Ora, não estou aqui reclamando da vida e muito menos das pessoas que tenho ao meu redor, mas os tempos mudaram e isso consequentemente me afeta. Não quero que as pessoas tenham pena ou dó de mim, muito menos que pensem que eu seja louco ou um depressivo... apenas quero ter atenção e carinho, seria pedir muito? Não considero esse "pedido" como um momento de carência, não suportaria ser "entiquetado" com esse esteriótipo.

Quando caio nas minhas profundezas pessoais, é quando não estou bem nem comigo mesmo, isso é de se preocupar pois a sensação é terrível. Ao mesmo tempo que me conformo com o que tenho e com o que sou, sinto que preciso e necessito que tudo seja diferente, eu sempre procuro perguntas que jamais encontrei respostas; essas eu guardo para aprender sozinho, ou para encontrar uma possível solução no futuro. Muitas vezes não sei transformar em palavras os meus sentimentos, são complexos demais para descrever.

Quero ser salvo de tudo isso... é o que peço.

b-jos
Bruno Akimoto, em uma noite sozinho...

sábado, 4 de abril de 2009

Foccus!



Há tempos que eu não aparecia por aqui, aliás, minha vida virtual anda meio abandonada mesmo... isso não é nada legal. Muitas coisas andam acontecendo em minha vida, mas isso não me desanima em escrever. Estou cheio de textos novos escritos por mim e o Polonini; em breve postarei aqui.
Uma das minhas últimas experiências fantásticas, foi a viagem que fiz com o Foccus, meu grupo de teatro, para Curitiba. Participamos pela primeira vez do festival de teatro que acontece por lá há 18 anos. Foi uma coisa fantástica, voltei feliz e um pouco realizado. Não digo que voltei realizado por completo pois não teria graça, quero sempre mais! E essa vontade de querer é que me faz viver...

b-jos
=]

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Caso de amor




Estou me sentindo ácido nessa fria manhã nostálgica e silenciosa. Estou pensando coisas diversas e sentindo múltiplas sensações que se misturam e não se definem em uma coisa só, por vezes são sentimentos que dóem em meu coração causando reações surpreendentes. Quase sempre estou à beira do abismo de emoções em variações confusas que não sei se amo ou se odeio.
Com o tempo mudei minha forma de pensar e de encarar a vida, na verdade acho que tomei consciência do que é viver, isso não é nada fácil e ainda me sinto despreparado para o mundo, embora já tenha aprendido muitas coisas, sei que muitas outras estão por vir. As pessoas que amo muitas vezes me fazem sofer, isso inclui diversos fatores que se eu fosse listar, passaria horas escrevendo. Cada caso é um caso diferente de amor. Assim como amo quem não sabe, sou amado por quem não sei.

Bruno Akimoto
05/02/2009

domingo, 25 de janeiro de 2009

Uma breve resposta



Olá queridos, demorei muito, sei disso, mas voltei como prometi! Veja só, o mês de janeiro já está no fim, o tempo está passando rapidíssimo! Vou postar um texto do Polonini... o primeiro de 2009.

Hoje acordei meio assim, sei lá...

"Toda história nasce, evolui e morre, porém não morre por completo, pois toda vez que é contada ou lida ela respira. O que é de se questionar é porque existe o nascimento de uma história, pois sempre há algo que motiva ela nascer. Como é gostoso deitar na grama sob a sombra de uma imensa árvore em uma tarde fresca só para ler uma história que não se sabe o fim que vai ter; na verdade o lugar não importa, pois quando saboreamos uma história somos capazes de estar em diversos lugares e viver inumeras situações. Perdi-me tantas vezes por aí, com sei lá quem a procura de sei lá o que.
É fabulosa a capacidade do escritor de perceber as coisas e transformá-las em palavras, textos, livros... é genial o modo como tudo se encaixa e evolui em uma atmosfera consistente de fatos convincentes. A vida pode ser vista metaforicamente e, sentimentos podem se transformar magicamente em qualquer coisa que pode variar desde um imenso tobogã a um grande abismo, isso depende do olho de quem vê, do coração de quem sente e da mão de quem toca. Porém, se somos capazes de sentir não significa que somos capazes de tocar e, se somos capazes de tocar não significa que somos capazes de sentir, será que é tão complexo assim? De fato todo escritor esconde em suas obras coisas que tem real significado para ele, se fosse o contrário, que sentido teria escrever por escrever? O amor talvez não caiba em uma breve história, uma paixão por vezes pode ser perigosa, ou não, e os prazeres são momentâneos pois não duram para sempre, a felicidade seria um bom exemplo momentâneo.Quem discorda, por favor, que prove concretamente o contrário."

[Caio Polonini 05/01/2009]