Um dia tudo isso acaba e vai embora.
Vai embora!
Vai embora.
Vai embora?
Vou embora...
Eu tô morrendo em mim para nascer em mim de novo. É insuportável este peso de ser eu mesmo todos os dias. Vai embora?
Eu tô com medo de um dia desses fechar os olhos e não poder abrir novamente. Vou embora.
E o que a gente faz quando já não tem mais o que fazer? Vai embora!
Tá difícil respirar esse ar que me sufoca tanto. Chego a pensar em desistir. Vou embora.
E porque preciso viver de espasmos e soluços que não acrescentam em nada? Pra que insistir neste breu que se transforma em abismo que me seduz para o fim? Vai embora!
Eu tô cansado de me cansar, por isso, vou embora!
Caio Polonini
11/02/12