domingo, 28 de setembro de 2014

Quer um café?

Eu não sei o que vem amanhã, se irei receber visita ou se irei ao encontro de alguém. Se tomarei café ou irei preferir um chá. Talvez eu precise de um abraço, de um olhar brilhante ou de apenas uma mão quente segurando a minha. O que será do amanhã? Sinceramente não sei, e me conforta saber que todos estamos na mesma condição. Pensar pode ser venenoso, cria uma ansiedade sem fim, as mãos ficam aflitas, o peito apertado... Prefiro não ficar assim, pois dói. Odeio pensar demais, querer demais, sentir demais e não ter nada de mais de volta para mim. Tô andando em uma corda bamba, viajando na maionese, sofrendo por antecipação e mais uma vez desacreditando de mim. Preparo um café ou uma vida? Sigo em frente ou recuo? Ataco ou defendo? A liberdade e independência me assusta por muitas vezes. É amplo demais, porém necessário. Preciso saber o que fazer quando eu tiver asas para voar. Enquanto não temos respostas, vou batendo a cabeça na parede, dentro do quarto escuro. É inútil dormir, a dor não passa. Está tudo do avesso e aparentemente normal.

Caio Polonini
22/09/2014