sábado, 26 de setembro de 2009

Inconstância.



Sem ar, foi como fiquei naquela noite. Naquela noite em que você me deixou. Nem rosas, nem bombons, nem um sorriso de consolo. Segredos guardados vieram à tona, a revolta pulsava em seus olhos pequenos e negros, enquanto dos meus saiam lagrimas, lágrimas de sangue por saber que nunca mais iria te encontrar, te tocar, te beijar... E foi então que em um milésimo de segundo senti algo inexplicável, algo que jamais senti antes, algo que me fez sair do transe, que me fez acordar do sonho que eu estava vivendo, notei que estava realmente sem você, notei que havia acabado de te perder. Senti como se uma faca estivesse fincada em meu peito, doía cada vez mais que você se afastava, e aos soluços implorei ao mundo que me tirasse o sofrimento. Agora é madrugada, estou sozinho refletindo, porém não chego à conclusão alguma de nada. Da mesma forma que tu chegaste em minha vida, partiste. Deixaste-me, e agora, na madrugada, sentado no meu abismo particular, olho para lua com a esperança de obter uma resposta, e ao olhar para os lados nada vejo, nada posso tocar, nada mais tenho para amar.

Caio Polonini e Tomas Martinelli
26/09/2009

2 comentários:

Daru disse...

Lembrei de duas músicas enquanto lia esse texto, são eles:

-Cuide bem do Seu Amor - Paralamas do Sucesso, principalemente do trecho: "E tudo mudo, adeus velho mundo. Há um segundo, tudo estava em paz"

-Sozinho - Caetano veloso, o texto cita várias palavras que estão contidas no refrão da música, impossível não lembrar.

No mais, acho que já deu pra notar que gostei do texto e dei uma boa refletida com ele.

Abraços, e que bom que voltou a postar.

Rafael Asnastasi disse...

Adorei o texto Bru...

Adoro Caio Polonini!

Beeijos!