sexta-feira, 14 de maio de 2010
Pretérito mais que perfeito
Pretérito mais que perfeito no indicativo que se torna imperfeito. Imperfeito no presente do indicativo com chances de ser perfeito no futuro do pretérito. Você quer ser meu verbo auxiliar? Se for ao infinitivo, aí sim seria melhor, pois deixava de lado até as cadeias verbais, esquecia dos temporais que passariam pela nossa janela. Viveria de letras e sua língua com gosto quente de partida breve. Seriamos nós as palavras e nossa cama amarrotada pelos verbos que iríamos experimentar.
Onomatopéias, ditongos e hiatos. Há um hiato perturbador entre nós. Entre as conjugações e tempos verbais vou me definhando aos seus poemas e cantos de pássaro triste que estranhamente soam docemente em meus ouvidos. Estranho seriam meus versos sem os verbos de ligação, que apenas tu sabes como usar. Estranho seria se com o tempo eu não soubesse conjugar o verbo amar...
E depois dessa odisséia de termos, uma onomatopéia seria o bastante para expressar o nosso calor... Falemos pouco; pra não gastar o silêncio entre nós. Sonhemos pouco; para não gastar esse tempo ocioso que insiste em estar presente. Façamos barulho algum; para ver se fugimos do hiato, pra ver se contrariamos o ditado que insiste em pregar que não dá para ser feliz a distância.
Nossa paixão é um pretérito perfeito, que quanto mais perfeito, mais passado se torna, e eu passo noites em claro tentando te encontrar na vastidão de sonhos e encantos conjugando o verbo sofrer. Faça as malas, não tenha medo. O caminho eu te explico. Mostro-te, se quiser como conjugar o verbo querer, e dessa forma, deixaremos de sofrer.
Bruno Akimoto e Matheus Castro
14/05/2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Que bonito...
Adorei esse texto
Esse fico mais lindo que todos Bruh
muito bom, a sonoridade e as brincadeiras se encaixam com linhas costurando.
ESSE É MARAVILHOSO BRUNO AMEI...ME VI NESSE TEXTO XD D+++ PARABENS
Postar um comentário