segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Hora do beijo

E eis que nasce a esperança. Dores variam com os acontecimentos e se intensificam da mesma forma que amortecem. Abro a janela, vejo o tempo choroso de uma tarde melancólica. Respiro fundo. Penso. Choro. Sempre é a hora do beijo, mas nunca sabemos ou estamos certos disso. Assim como sempre é a hora do adeus. Sempre é a hora de tudo, a diferença é que só acontecem quando nos damos conta disso.
Estou em busca do meu sorriso perdido. Ficou preso em algum lugar do passado e está difícil trazer para o presente e sonhar com ele no futuro.
A espera, muitas vezes, pode ser um caminho árduo de seguir, porém necessário para um dia perceber que você sempre vai morar em mim, e eu em você. Mesmo que esse não seja nosso desejo, vai ser assim...
Todos temos dores na alma, e a cura está nos gestos, nos olhares, no toque, nos abraços, pois sempre é a hora do beijo.

Bruno Akimoto
21/08/2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sou - música

Fiquei muito contente quando uma amiga querida que conheço há pouco tempo, gostou de um dos meus textos e o transformou em música. A Juliana é cantora e tem uma voz linda demais. Tudo começou quando em uma cena de teatro li um texto e a Ju perguntou de quem era, e ao dizer que era meu ela disse: "Me manda o quanto antes, fiquei muito inspirada com ele". E praticamente de um dia pro outro meu texto se transformou em uma música LINDA! O texto original chama-se: "Sou" e está aqui no blog. O que me emociona é que além da voz linda e da surpresa da Ju, pude ver meus sentimentos de uma outra forma. São palavras de amor que sairam de mim, do meu coração e dedico tudo a uma certa "gota de chuva".

Chega de enrolações... segue a letra da música e um vídeo com a Ju cantando. Espero que esta canção possa ser ouvida por muitas pessoas e diversas vezes.

Beijos,
Bruno Akimoto





Sou
(Bruno Akimoto/Juliana Lima)

Enquanto esperava
Eu não era nada
Não chovia, não molhava
Percebi que às vezes
A calma não acalma
E que o canto não encanta

Descobri que dores incomodam
Nos fazendo chorar e aprender
Percebi o mundo ao meu redor
Quando senti a primeira gota de chuva

Era cintilante, meu corpo estremeceu
Desde então tudo mudou
Senti que estava vivo
Como se tivesse
Despertado de um breu
Nasci e morri diversas vezes
E isso me fez ser o ser que hoje sou

Quando eu fui esperança
Desmedi as minhas forças
E voei mais alto
Percebi que essa esperança dia a dia
Me fez ser melhor

Quando eu era amor
Vi tudo ao redor renascer
Quando eu fui alegria
Só o seu sorriso me bastava
Para me vencer

Quando me tornei saudade descobri
Que saudade não é só estarmos distantes
E sim ter a certeza
De que alguém que amamos mora dentro de nós
E que jamais estaremos sós


Ah e esse é o site da Ju: www.julianalimacantora.com.br

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dorme...

Chega uma hora em que entro em um estado íntimo onde não escrevo apenas de você, mas por você e para você. Tu nunca entenderás o que se passa em mim, é um estado agudo de cegueira de tua parte que não permite que teus olhos absorvam meus sentimentos e enviem ao teu coração.
Dorme, meu anjo. Dorme que eu quero te observar, acariciar teu rosto sereno, beijar tua face e me debulhar de amor, que um dia me entregou e hoje me nega.
Ai que saudade de mim! Depois de ti não fui mais o mesmo. Com tua ausência vivo uma dor que é tão difusa, tudo é incompleto, falta um pedaço meu. O peito em que bate meu coração transformou-se em um muro de lamentações que ecoam em minha alma e no vazio enorme que existe em mim. Tudo estava bem, mas acontece que acordei em uma manhã e haviam levado uma parte de mim.
E a vida segue em meio de sorrisos vãos, momentos em que sentimos falta de algo, sensações do passado, espasmos de saudade, desejo, libido. E as lembranças que te faziam sorrir, hoje te sufocam sem a menor compaixão. É, menino, a vida tem dessas e temos que aprender que há algumas dores que são irreparáveis. Eu ainda não aprendi a lidar com algumas situações, sou frágil, sou poeta, sou príncipe, sou apaixonado. Sou comprometido com o meu amor...

Caio Polonini
01/08/2011