segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dorme...

Chega uma hora em que entro em um estado íntimo onde não escrevo apenas de você, mas por você e para você. Tu nunca entenderás o que se passa em mim, é um estado agudo de cegueira de tua parte que não permite que teus olhos absorvam meus sentimentos e enviem ao teu coração.
Dorme, meu anjo. Dorme que eu quero te observar, acariciar teu rosto sereno, beijar tua face e me debulhar de amor, que um dia me entregou e hoje me nega.
Ai que saudade de mim! Depois de ti não fui mais o mesmo. Com tua ausência vivo uma dor que é tão difusa, tudo é incompleto, falta um pedaço meu. O peito em que bate meu coração transformou-se em um muro de lamentações que ecoam em minha alma e no vazio enorme que existe em mim. Tudo estava bem, mas acontece que acordei em uma manhã e haviam levado uma parte de mim.
E a vida segue em meio de sorrisos vãos, momentos em que sentimos falta de algo, sensações do passado, espasmos de saudade, desejo, libido. E as lembranças que te faziam sorrir, hoje te sufocam sem a menor compaixão. É, menino, a vida tem dessas e temos que aprender que há algumas dores que são irreparáveis. Eu ainda não aprendi a lidar com algumas situações, sou frágil, sou poeta, sou príncipe, sou apaixonado. Sou comprometido com o meu amor...

Caio Polonini
01/08/2011

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