domingo, 21 de dezembro de 2014

Caminhando, Caio


Eu faço planos, desfaço sonhos, arrumo as malas, vou ao teu encontro. Estranho seria se eu não me enganasse todos os dias com minhas ânsias e esperanças. Foi o que o mundo me deixou então. tô me perdendo por aí, talvez te mande um alô e receba um vazio. Que bobagem achar que alguns sorrisos podem ser meus, quando também, por vezes, não quero dividir o meu.
Aquela incerteza bate em meu peito, e meus medos vem à tona. Ah fala demais, sorri demais, me olha demais, e será que terá algo demais?
Vou ao mercado, me perco nas prateleiras, quero apenas que o tempo passe logo. Dobro esquinas, origamis, cartas de amor. Procuro sombra, esse calor ainda me mata.
Onde você tá? Saudade é coisa ingrata demais, nem sempre te dá respostas e te afoga em um copo de mágoas. Eu tô cansado de ir pra lá e pra cá, vamos simplificar? Em qual dessas esquinas fica mais fácil pra eu te encontrar? Se não Caio, então quem?

Bruno Akimoto
21/12/2014

Pra vc, Caio Polonini.

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