sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Fragmentos da saudade


A fome da saudade me consome fazendo com que por um deliberado instante eu saia de mim delirando, e talvez um dia eu morra de saudades.
A única salvação é ter você aqui para juntos matarmos essa fome desesperada antes que ela nos engula, pois é demasiada grande.
O tempo vai passar, e isso só vai aumentar. Sinto como se um pedaço meu foi arrancado, e então desesperado grito para preencher o vazio, mas só escuto o eco que por instantes preenche o espaço. Então me deito, me levanto, te procuro mas não te encontro. Me conformo, me escondo, me isolo.
Vivo de imaginação e sonhos que me alimentam amenizando a dor de saber que você não está. Quando não estou lembrando de você, estou pensando em você. Isso é viciante e ao mesmo tempo angustiante. Grito o mais alto que posso com a esperança de um dia você me escutar, pois só assim voltarei a respirar.
Minha cabeça e meu coração agora entram em conflito, vou fechar os olhos e esperar a chuva passar.

Bruno Akimoto
29/11/2007

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