Estou melancolicamente pensando com meus botões, refletindo sobre tudo e todos. Questionando-me sobre a existência e sobre o "penso, logo existo". Calo-me, pois ao mesmo tempo em que tenho tudo para dizer, não tenho nada. Sofro em meu mundo fechado onde deixo o meu pensamento alado. Sinto que estou morrendo, definhando, desaparecendo deste mundo enigmático, onde aprendi a ser um mistério, que de tão secreto, torno me uma incógnita para mim mesmo.
Estou tão longe de mim que quando tento me encontrar, me perco. Por onde observo, estou cercado de olhares e sorrisos, de sonhos e desejos, ilusões e desesperos. A cada momento vivido, sinto que nada sou, que nada fui e nada serei...
Não sou pessimista, apenas realista. Talvez, de tanto refletir, descobri que minha realidade está distante da sua, está dividida por um oceano de falsas promessas e sonhos abandonados que se transformaram em pedras. Talvez as pedras sejam sonhos abandonados, é isso! O motivo do meu cansaço são as pedras que insisto em carregar, deixá-las-ei para trás e procurarei por algo que não conheço, estou seguindo por um corredor escuro sem noção de quando acaba o chão.
Caio Polonini
09/06/2009
Um comentário:
nossa que triste...
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