sábado, 12 de dezembro de 2009

Capítulo




Se as coisas tomarem rumos previsíveis, não te assustes, pois descobri que doces também amargam e flores também morrem. Não te espantes se um dia acordar e eu ter partido, é apenas o meu silêncio dizendo o que eu não consegui. Quando sentir minha falta, apenas tenha em tua lembrança coisas boas e carregue meu sorriso em teu coração. Se eu partir, não pense que foi algo previsível, pois quanto mais vivo nessa gangorra de sentimentos, mais tenho medo de cair e me machucar. Feridas são normais, ardem no momento, sangram e mesmo deixando leves cicatrizes, elas vão embora. Já estanquei meu sangue quando fervia, já sequei lágrimas quando ardiam, já morri e nasci diversas vezes feito fênix, que em suas cinzas sempre ranasce. O passado é por muitas vezes marcante, não se pode apagar algumas coisas. Estou procurando me controlar para não viver de nostalgia, de lembrar o que vivi de errado, de morrer pelo o que já passou. Por mais complicado que seja o coração eu aprendi a ter compaixão e estou me esforçando a aceitar a vida como ela é, embora isso ainda me espante muito. Estou assustado feito bicho do mato, escondido entre minhas escritas e com medo, escrevendo, tentando criar um novo enredo pro meu romance, porém não sei ao certo até quando escreverei, pois pra cada amor eu criei um capítulo, uns já concluí e outros creio que não conseguirei dar um ponto final, pois levarei comigo quando partir, talvez isso seja essencial.

Caio Polonini
12/12/2009

2 comentários:

Duquesa Astarte disse...

A vida é assim mesmo cheia de coisas das quais a gente vai amar mas passado é passado mesmo que a gente ame mesmo que a gente odeie tudo que podemos fazer é aprender com ele e virar a pagina para um novo dia pois neste planetinha azul comico existem milhares de pessoas que a gente ainda nem conheceu ^ ^ Adorei seu blog ^ ^

Frau disse...

Gostei muito do blog e em especial deste texto! Vc traduz emoções em palavras mto bem! Com ctz, voltarei mais vezes