sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Fragmentos da saudade


A fome da saudade me consome fazendo com que por um deliberado instante eu saia de mim delirando, e talvez um dia eu morra de saudades.
A única salvação é ter você aqui para juntos matarmos essa fome desesperada antes que ela nos engula, pois é demasiada grande.
O tempo vai passar, e isso só vai aumentar. Sinto como se um pedaço meu foi arrancado, e então desesperado grito para preencher o vazio, mas só escuto o eco que por instantes preenche o espaço. Então me deito, me levanto, te procuro mas não te encontro. Me conformo, me escondo, me isolo.
Vivo de imaginação e sonhos que me alimentam amenizando a dor de saber que você não está. Quando não estou lembrando de você, estou pensando em você. Isso é viciante e ao mesmo tempo angustiante. Grito o mais alto que posso com a esperança de um dia você me escutar, pois só assim voltarei a respirar.
Minha cabeça e meu coração agora entram em conflito, vou fechar os olhos e esperar a chuva passar.

Bruno Akimoto
29/11/2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Por Clarice Lispector...


"Vou te dizer o que eu nunca disse antes, talvez seja isso o que está faltando: ter dito. Se eu não disse, não foi por avareza de dizer, nem por minha mudez de barata que tem mais olhos que boca. Se eu não disse é porque não sabia que sabia - Mas agora sei. Vou te dizer que eu te amo. Sei que eu te disse isso antes, e que também era verdade quando te disse, mas é que só agora estou realmente dizendo. Estou precisando dizer antes que eu... Oh, mas é a barata que vai morrer, não eu! Não preciso desta carta de condenado numa cela..."


(Clarice Lispector - "A paixão segundo G.H" pág.113)

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Seus olhos...

Despeço-me aqui de você...
Um abraço forte e um beijo selam nossa separação. É com grande ferida no coração que lhe digo adeus, e agradeço tudo e todos os momentos juntos. O tempo é sábio, e sabe quanto tempo cada coisa tem que durar. Por mais burro que seja o coração, chega uma hora que ele cansa de sofrer fazendo você abrir os olhos, e assim enxergar.
Despeço-me aqui de você...
Não fique triste meu amor, enxugue as lágrimas, sente-se, acenda a luz pois aqui te deixo, mas não quero que fique no escuro... Posso demorar, ou talvez não mais voltar. É hora de correr o mais longe que posso, fugir talvez seja errado, mas preciso encontrar conforto na dor, aliviar aquilo que você me causou. Ainda posso sentir o seu cheiro, ainda posso sentir o seu gosto...
Quero encontrar o mais lindo riacho no caminho, e nele poder nadar, lavar minha alma e meu coração, deixando toda minha angústia se afogar nas águas cristalinas e me trazer novos horizontes. Ao sair estarei novo, puro, sonhador... Mas de seus olhos nunca mais esquecerei, e nem do quanto eu te amei... Com um sorriso,uma lágrima derrubei. Seu olhar me trouxe a paz, o seu sorriso minha felicidade, nada mais me resta sentir do que a dor da saudade. Assim vai ser melhor...
O tempo chegou e, despeço-me aqui de você.

Bruno Akimoto
15/11/2007

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O senhorzinho músico


"Parece que foi ontem que fiquei a contemplar o lindo som de sua viola, que certa vez me fez tocar com meus dedos trêmulos de menino aprendiz. Com seu sorriso ouvi palavras de incentivo e elogio.

Todos os dias estavam lá o "senhorzinho" com sua "senhorinha" na janela vendo a banda passar, e eu nunca os deixava de cumprimentar.

Certa vez um sinal de fraqueza veio nos alertar, mas forte, o senhorzinho resistiu, e foi voltando a sua vidinha de rotina, ora estava na porta com sua viola, ora na janela com sua senhorinha. Sempre com um sorriso no rosto, pronto para ser simpático com quem fosse.


Hoje as janelas e as portas amanheceram fechadas, a viola está encostada em um triste canto da casa, a senhorinha carrega consigo os olhos molhados cheios de lembranças, e o aperto da saudade. O silêncio permanece presente.


O senhorzinho cansado, encontrou um caminho novo para seguir, um caminho bonito no qual ele segue tocando sua viola e caminha feliz.

Vai senhor, vá com Deus e que ele lhe proteja. Cuidado com a chuva e não deixe de sorrir nunca, pois eu estarei aqui aguardando notícias suas dessa viagem sem fim."


Ao amigo Alcides que não mais está aqui...


B-jão

Bruno Akimoto

domingo, 11 de novembro de 2007

O fato


"Manhã de vento, vento fraco, fraco estou. Estou no tempo que já passou, passou o tempo e nada mudou.
Já não entendo tudo o que me falou. Tempo fraco, vento perdido, perdido estou.
Já não enxergo o que eu quero, e o que quero já não mais tenho. E o que tenho já não mais quero.
Já não mais falo o que sinto, pois o que sinto é abstrato, e o que falo não é mais fato.
O fato é que não mais entendo, não mais enxergo, não mais quero, não mais falo e não mais sinto, pois estou em uma manhã com vento fraco assim como eu, e isso sim é fato."


Bruno Akimoto

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Entrelinhas


"E são nessas entrelinhas que sonho, viajo, converso e me entendo... A esperança estará comigo mesmo no momento em que meus olhos se fecharem, e meu coração insistir em parar... Levarei comigo a felicidade, deixarei saudades e desejos não realizados...
Mundo, mundo vasto mundo dessa imensidão sem fim... Ás vezes penso no universo, e o quão grande ele é..."

b-jos
Polonini

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sábado, 10 de novembro de 2007

Sem sol


"A história que não terminei, continua sob a mesa me aguardando... Minha cabeça não pensa mais, minhas mãos não sentem vontade de escrever, meu coração está ferido.Sinto-me como se estivessem roubado as idéias, o papel e a caneta... E assim fico no martírio da solidão.Vem me salvar, vem me buscar! Não quero mais sentir frio, não quero mais sentir medo... Abra a janela e me mostre como o sol é lindo, me tire da escuridão... Salva meu coração!"


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Tarde de Outono

"E assim vou seguindo, me questionando sempre. Questionando o que não é questionável, mas sempre questionando.Preso no abismo, me afogando em lágrimas, mãos atadas e um grito em silêncio.

Naquela tarde de outono o sol resolveu aparecer muito fraco, e as folhas caíam aos montes... Todas foram levadas ao vento junto com minha tristeza e solidão. Trouxeram a saudade e a vontade de sorrir, com gotas de lágrimas que são inevitáveis, respingando a fina garoa em meu rosto.

O tempo levou muitas coisas, mas deixou marcas e sentimentos incompletos. Vagas lembranças ainda tenho, o que não tenho é você aqui... Descobri que quando um destino cruza o outro, para todo o sempre estarão selados com um laço eterno de amor... E pressinto que continuo amando."


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Polonini

06-10-2007

Mundo, mundo...

"Se as paredes falassem, passaríamos horas ouvindo histórias... Tantas coisas acontecem nesse mundo, e sem saber somos observados todo o tempo. Objetos, lugares, coisas e até mesmo um delicioso perfume podem fazer falta um dia... Um beijo, um abraço, um carinho podem ficar marcados para todo o sempre em nossa pele e impregnar no cérebro, no coração... E aí não tem volta, marca para SEMPRE. Saudades é algo estranho de sentir... Pessoas são tão complicadas de entender... E assim vamos sobrevivendo e aprendendo a conviver com tudo e todos. Mundo, mundo... Quem sou eu? Quem é você? Quem pode compreender?"


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Sou seu fã!

"Sou seu fã pelo simples fato de você existir. Adoro quando você faz graça para eu sorrir, me escuta quando preciso, chora comigo... Sou seu fã, e admiro as lindas e ensolaradas tardes na qual sempre compartilhamos. Mesmo nos dias frios e tempestuosos você esteve comigo... Sou seu fã, gosto de te admirar e contemplar sua alegria de viver, seu modo de ser e como encara a vida. Sou seu fã, não tem jeito. Aonde for quero estar a compartilhar contigo tudo o que sinto. Cante comigo o lindo canto das sereias, e vamos seguir o caminho das fadas para encontrar o mundo do "Era uma vez", pois no final todos merecemos ouvir que "Vivemos felizes para sempre". Venha comigo meu amigo, me dê sua mão e vamos seguir em frente cantando uma canção... Vamos encontrar o pote de ouro além do arco íris, vamos tornar o mundo mais feliz! Afinal... eu sou seu fã, e disso não abro mão!"

Bruno Akimoto
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