quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Amor cego




Melodias matutinas, pássaros cantando, cheiro de flores que brotam dos galhos das árvores, sol fraco aquecendo minha face. É primavera, meu coração se enche de alegria. Na verdade acho que tudo isso nada mais é do que paixão acompanhada de uma batida de jazz. Sinto uma agradável sensação, sinto um gosto levemente doce, sinto-me leve em um lugar que eu nunca havia estado antes, sentado em baixo de uma árvore perfumada, sentindo a brisa tocar meu corpo, sentindo o perfume das flores, tudo ao som de um jazz...
Pensando, refletindo e não me preocupando com o tempo que está passando, estou extasiado diante de um belo céu azul, estou com sensações de leveza, como se eu tivesse entregado meu corpo para o vento, voando, deslizando, sumindo, me consumindo. Estou fingindo que você está aqui segurando minha mão, sinto o calor aquecer todo meu corpo e preencher meu coração, estou olhando para você e lhe dizendo que pode confiar em mim, posso notar meu sorriso sincero piscando feito luzes ofuscantes, está tudo aqui em minha mente, em minha imaginação. Vou transformar minhas palavras em realidade, sei que isso é possível, acredite em mim antes que eu lembre que o amor é cego.

Caio Polonini
06/08/2009

Inspired in "I head the love is blind" by Amy Winehouse

Um comentário:

D.I.L disse...

Como é doce a sensação do amor, enquanto não enxergamos o mundo. É um mundo negro, no qual o amor pinta as cores. É uma pena que tão logo, recuperamos a visão e a realidade nos derruba de nossos sonhos. O jeito é tentar de novo.

Peguei o link desse blog nos comentários do discutindo com meus monólogos, espero que não se incomodes com minha visita. E nem que eu faça um post com a idéia que você me deu com o que eu li aqui.