sexta-feira, 24 de julho de 2009
Carta de papel
CHEGARAM OS TSURUS!Que alegria, que alegria! Um sentimento pode ser transformado em qualquer coisa para ser representado, o meu atravessou fronteiras, o oceano e chegou ao seu destino desejado... que não morra em mim, ou melhor, que não morra em nós, todos nós, o sentimento chamado amor. Agora, sim posso publicar o texto "oculto, e talvez consigam descobrir o motivo pelo qual escrevo hehehehehe. Texto livremente baseado em "Água viva" de Clarice Lispector, dedicado a um "Pokémon" hahahahha
Ao mesmo tempo em que tenho tanto para lhe escrever, não tenho nada. É como se o que eu tenho para falar fosse algo interno que ainda não encontrou uma forma de vir ao mundo. Estou sentindo uma sensação de desespero em escrever, talvez na tentativa de conseguir expressar o que agora é inexpressivo. Na busca de palavras que completem o que eu sinto. Ao mesmo tempo em que lhe conheço e sou capaz de decifrá-lo, eu nada sei de ti, nem ao menos a cor de seu fio de cabelo, nem ao menos a sensação de seu toque em minha pele.Vou te dizer que o que eu sinto é abstrato, é camuflado, é um falso cognato. E quando lhe escrevo não é porque quero, mas sim porque sinto a necessidade de me livrar das palavras acumuladas. E quando me canso da vida e fico entediado, é porque parei de sonhar e estou encarando a realidade nua e crua. Descobri que preciso de sonhos para sobreviver. Vou te dizer que o que mais quero no mundo é poder sorrir e me sentir feliz, mesmo sabendo que isso é momentâneo, e quando lhe escrevo não é só para me livrar das palavras, mas para me sentir feliz, pois com você sou capaz de me sentir assim. Peço então que não me deixe sozinho no mundo, pois não te escrevo para suplicar por nada, apenas para pedir o seu carinho. Posso dizer que me sinto inspirado neste momento solitário que compartilho contigo. Digo-lhe então um imenso obrigado por compartilhar fragmentos de minha vida com você, pois escrever, pra mim, é como respirar ar fresco. Sinta neste momento o meu sopro de vida e guarde ele contigo.
Confesso que me sinto surpreso comigo mesmo. Não pensei que seria capaz de sair de cena e te escrever em meu camarim, pois como vê fui capaz de tocar o inexpressivo, e mesmo que talvez não esteja tudo muito claro, eu não me importo, afinal eu não gosto de obviedades.
Bruno Akimoto
02/07/2009
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