quarta-feira, 29 de julho de 2009

Confissão de ator





Eu já descobri que me sinto completo no teatro, ele me faz esquecer um pouco a realidade, me faz viver em outro mundo. É uma pena que depois de tudo a realidade volta, a tristeza continua, as respostas para perguntas não existem, a saudade de muitas coisas é constante... e assim vai, assim a gente segue, a gente vive, afinal não podemos viver na fantasia pra sempre né? Uma hora precisamos sair da bolha e respirar o ar poluído do mundo, da vida, precisamos ver com nossos olhos a sujeira, a atitude das pessoas e saber suportar tudo, saber ser forte para enfrentar de frente e mesmo com as constantes recaídas, mesmo com as lágrimas, com as dores, precisamos erguer a cabeça, respirar fundo e ver que nem tudo está perdido, que sempre há uma nova chance, uma nova esperança, um novo dia, um novo começo. Muitas vezes somos fracos e até entendermos tudo pode demorar, mas as coisas sempre se encaixam em seu lugar, basta dar tempo ao tempo, basta saber contornar tudo com a ciência de que amanhã o sol vai nascer de novo e o vento vai soprar o caminho a seguir...

Sinto saudades de vc meu amor, vem que eu conto os dias, eu conto as horas, cada segundo é muito tempo sem você, cada segundo morremos um pouco, cada segundo é precioso, cada sorriso é memorável...

b-jos saudosos de todos meus amores,
Bruno Akimoto

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Carta de papel



CHEGARAM OS TSURUS!Que alegria, que alegria! Um sentimento pode ser transformado em qualquer coisa para ser representado, o meu atravessou fronteiras, o oceano e chegou ao seu destino desejado... que não morra em mim, ou melhor, que não morra em nós, todos nós, o sentimento chamado amor. Agora, sim posso publicar o texto "oculto, e talvez consigam descobrir o motivo pelo qual escrevo hehehehehe. Texto livremente baseado em "Água viva" de Clarice Lispector, dedicado a um "Pokémon" hahahahha

Ao mesmo tempo em que tenho tanto para lhe escrever, não tenho nada. É como se o que eu tenho para falar fosse algo interno que ainda não encontrou uma forma de vir ao mundo. Estou sentindo uma sensação de desespero em escrever, talvez na tentativa de conseguir expressar o que agora é inexpressivo. Na busca de palavras que completem o que eu sinto. Ao mesmo tempo em que lhe conheço e sou capaz de decifrá-lo, eu nada sei de ti, nem ao menos a cor de seu fio de cabelo, nem ao menos a sensação de seu toque em minha pele.Vou te dizer que o que eu sinto é abstrato, é camuflado, é um falso cognato. E quando lhe escrevo não é porque quero, mas sim porque sinto a necessidade de me livrar das palavras acumuladas. E quando me canso da vida e fico entediado, é porque parei de sonhar e estou encarando a realidade nua e crua. Descobri que preciso de sonhos para sobreviver. Vou te dizer que o que mais quero no mundo é poder sorrir e me sentir feliz, mesmo sabendo que isso é momentâneo, e quando lhe escrevo não é só para me livrar das palavras, mas para me sentir feliz, pois com você sou capaz de me sentir assim. Peço então que não me deixe sozinho no mundo, pois não te escrevo para suplicar por nada, apenas para pedir o seu carinho. Posso dizer que me sinto inspirado neste momento solitário que compartilho contigo. Digo-lhe então um imenso obrigado por compartilhar fragmentos de minha vida com você, pois escrever, pra mim, é como respirar ar fresco. Sinta neste momento o meu sopro de vida e guarde ele contigo.
Confesso que me sinto surpreso comigo mesmo. Não pensei que seria capaz de sair de cena e te escrever em meu camarim, pois como vê fui capaz de tocar o inexpressivo, e mesmo que talvez não esteja tudo muito claro, eu não me importo, afinal eu não gosto de obviedades.

Bruno Akimoto
02/07/2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tormento


O amor é pesado demais para querer carregar, digo isso, pois nas inúmeras vezes que tentei não consegui, de uma forma ou de outra ele fugiu de mim, evaporou, transformou-se em líquido escorrido pelos meus dedos, bateu suas asas, explodiu ou simplesmente sumiu. O que não compreendo é porque ele insiste em me enganar com seus disfarces de garoto travesso, por mais que eu não o queira ele volta causando reviravolta em meu coração. Percebi que a busca pelo preenchimento de vazio é eterna, mas não posso ficar o tempo todo atrás de algo que não sei ao certo se existe, eu não posso viver na incerteza, eu não quero morrer de tristeza. O sol da manhã aqueceu meu coração, eu sorri, quando dei por mim o amor estava aqui, mas como posso querer viver um amor de verão se o inverno ainda não chegou ao fim? Agora estou de volta de onde não comecei, de onde nunca imaginei estar, de onde jamais poderei retornar, pois a cada dia conheço uma diferente forma de amar, acho que é por isso que sou tão enganado, estaria eu condenado a não entender o amor? Vou dar tempo ao tempo, só assim poderei me curar deste tormento.

Caio Polonini
20/07/2009

domingo, 19 de julho de 2009

Noite, frio, despedida



Na verdade eu não tenho muito o que escrever, apenas fiquei com vontade de jogar mais algumas palavras ao vento, tentar mais uma vez descrever o que meu coração sente, mas é uma coisa tão impossível que eu não sei porque ainda não aprendi, não sei porque insisto com algumas coisas...
Quando penso enfim ter encontrado a paz, acordo literalmente do sonho e vejo que nada é realmente como eu enxergava, o meu problema é que eu não estava vendo as coisas como elas realmente eram, estava envolvido por uma nuvem de mentiras que eu mesmo criei. Eu não sei mais como alimentar a planta que está em meu jardim, não sei se coloco adubo, ou se a vejo murchar lentamente sem fazer nada.
Vou dizer que no momento meu coração está totalmente anestesiado, estou digerindo as coisas lentamente e talvez isso demore a acontecer. Mas não culpo ninguém por isso, afinal de quem é a culpa se eu sou um tremendo paspalhão? Estou assim, em um estado indefinido, juro que não estou triste e nem feliz, estou neutro, anestesiado... talvez quando eu acordar saberei o que realmente será de mim, como realmente será o meu futuro. Nada mudou, nada mudará, apenas não sei mais como amar, preciso educar esse sentimento rebelde em mim.

Caio Akimoto
Bruno Polonini
Caio Polonini
Bruno Akimoto

Quem? Como? Quando? Onde?

(...)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mudez



E então, eis que pela manhã me surge um sentimento gritante, me fazendo acordar assustado com o coração acelerado de um recente pesadelo. A noite silenciosa é capaz de produzir escândalos internos de uma criatura em sua abstinência pela vida. E então, eis que se perde o medo e nota-se tudo ao redor, todos os móveis e objetos permanecem em sua mudez contínua, nada é novo, tudo permanece como está, sempre foi e continuará sendo. Preciso parar com a ansiedade e eliminar a indecisão dos meus desejos pessoais, porém descobri que é mais difícil querer algo sozinho, afinal um sonho que se sonha só, não é sonho. E então, eis que ao dormir, me vem pensamentos preguiçosos das possibilidades de sobreviver, mas o que mais me mata é o silêncio da vida, isso me deixa perdido e sem saber o que fazer, me sinto obrigado a seguir os meus extintos e confiar no meu tato. E então, eis que em minha mudez e no silêncio da vida, sou capaz de morrer por instantes, mesmo que por um curtíssimo período, morro. Obviamente que isso é no sentido figurado, pois o silêncio ao mesmo tempo em que é morto, é vivo, pois é capaz de dizer mil coisas em segundos, mas para isso eu talvez precise ver os olhos laranjas que marcaram o meu coração na minha frente, apenas para ter a certeza da verdade que apenas os olhos, independente de sua cor, podem transparecer. A tarefa de interpretar a vida não é fácil para ninguém, infelizmente não podemos encontrar a tal perfeição, afinal, ela não existe e nunca existiu, é tolice procurar por algo apenas imaginável por nós. Creio que não exista a fórmula certa para muitas coisas na vida, creio que não existam respostas para todo questionamento... Ora, não vejo motivos para me preocupar com essas coisas, talvez banais, do cotidiano, apenas quero viver o momento e aproveitar o instante antes que tudo acabe e se torne uma história em um livro de capa velha e amassada. E então, eis que tomo coragem, me levanto e vou regar a minha flor no jardim.

Caio Polonini
17/07/2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Memória de emoções



Se eu pudesse eu eternizava alguns momentos de minha vida, guardaria cada instante precioso para não perder jamais. Existem pessoas que nos conquistam e não tem noção do quão são importantes. Estou em uma fase de minha vida que procuro coletar os momentos bons e a essência das pessoas, mas acontece que isso não é uma tarefa fácil e também não é para qualquer um, afinal, as coisas boas são como um voo de borboleta: belo, porém quando menos se espera já passou. Estou sofrendo as consequências  do amor, das mais prazerosas às mais dolorosas, pois quem ama é capaz de ter noção do que é o céu e o inferno, é capaz nascer e morrer e de se entregar sem o medo das consequências que isso pode lhe causar, pois amar é como se você saísse de sí mesmo sem objetivo ou rumo, como se estivesse tateando no escuro, em busca da saída. Eu não encontro respostas para os meus questionamentos contínuos, estou no escuro agora, tateando em busca da saída. A vida não é de se brincar pois no escuro posso até me machucar, e mesmo sabendo deste risco, quero continuar, afinal qual seria a graça da vida sem correr riscos? Ora, eu não quero morrer no escuro, mas talvez quando eu encontrar a saída seja o fim de tudo, esta é a razão pelo qual não sei o que faço. Os pássaros que aqui cantavam, nem os ninhos deixaram, tudo ficou guardado na minha memória de emoções e de momentos eternizados por mim, que hoje defino em uma frase: "sinto saudades".

Caio Polonini
16/07/2009

sábado, 11 de julho de 2009

Perdição



Estou em um estado fora de mim, vivendo coisas como se elas não existissem, custando a acreditar que o inimaginável se tornou real. Acontece que vivi um sonho e não sei se realmente estive nele. Através de seus olhos laranjas, descobri que o amor existe, que é lindo, é vasto e deve durar. Noites turbulentas de pensamentos e desejos proibidos me perseguiram por séculos, mas agora posso dizer que encontrei a calma neste sonho que me faz delirar, me arrepia a pele, faz meu coração palpitar. Eu não sei bem o que fazer e como conseguirei dosar, pois ao mesmo tempo que me causa dor, me causa alegria ou algo que eu não sei nomear pois nunca tive. Tudo é o oposto do que o homem que fica na sala com seu cigarro acesso pela madrugada é capaz de delinear com sua sabedoria. Estou recém acordado do sonho, meio confuso e sem saber se de fato tudo foi real, eu não sei por quanto tempo vai durar. Eu não sei definir em palavras o crescimento de uma semente que foi plantada e quando menos se esperou, fez uma flor desabrochar. O que eu quero não tem existência, mas sei que virá para mim, existirá em mim. Peço por favor que não me deixe cair, me segure, pois quando eu ficar fraco e não encontrar seu apoio, sinto que o sonho irá se desmanchar feito poeira no ar.

Bruno Akimoto
11/07/2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Matei o amor



Eu matei o amor, confesso o meu crime sem medo ou pudor de ser repreendido. Matei, assassinei, esquartejei. Mas, mesmo morto, descobri que o amor ainda vivia. Seria ele infinito e indestrutível? Creio que o meu assassinato não passou de uma tentativa em vão, pois matei o amor e ele sobreviveu. O amor pulula a cada segundo e não tem fim. Já percebi que não tem jeito, morrerei e o amor viverá, pois ele sempre vence, é mais forte do que eu.
Estou em um momento emotivo, seria egoísmo não querer morrer? Mas ao mesmo tempo procuro saber qual o motivo de viver. Estive observando as pessoas ao meu redor, comportamentos são tão imprevisíveis, pessoas são tão estranhas. E quanto ao amor? Hoje acordei pensando muito nele e nas diversas formas de sua existência. Se não há saída, declaro aqui que quero morrer de amor, não quero outra justificativa ou desculpa, e que em meu óbito a causa da morte seja essa. Já que não posso me livrar dele, me juntarei a ele, mesmo com as cicatrizes que me causou.
Já começo a escrever bobagens, estou sentindo que meu espírito não está em sintonia com meu copo e mente. Seria este o momento propício para morrer? Estou desregrado. Nas rimas do meu estilo, digo ao tempo que apenas me deixe amar um amor e ser amado, pois em vida posso sentir isso, posso sentir o sabor das palavras a cada suspiro, a cada sopro de vida. Em meus altos e baixos, sobrevivo. Sobreviver é pulsante, é vermelho, é vida, é amor... O amor, mesmo que passageiro, mesmo que doloroso faz parte da vida. Amor, amar, amo, amarei, junto tudo em uma coisa só e nos amaremos, e morreremos assim como um texto que morre quando lhe falta palavra, este morre aqui, triste fim.


Caio Polonini
06/07/2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Amo Clarice




Eu simplesmente AMO Clarice Lispector...

"E eis que depois de uma tarde de 'quem sou eu' e de acordar à uma hora da madrugada em desespero, eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei.
Fui ao encontro de mim, calma, alegre, plenitude sem fulminação. Simplesmente eu sou eu e você é você, é lindo, é vasto e vai durar. Bom, eu não sei muito bem o que vou fazer em seguida, mas por enquanto olha para mim e me ama.Não! Tu olhas para ti e te amas, é o que está certo."


(Clarice Lispector - Água viva)

Passei o dia fazendo tsurus, ouvindo músicas e escrevendo coisas do meu coração...
b-jos
Bruno
=]