quarta-feira, 28 de abril de 2010
Torre alta
O amor é tão misterioso, que mesmo se em vida, eu abrisse meu corpo e expusesse meu coração ao mundo, ele jamais seria visto, tocado ou ouvido. O amor existe, eu sei que sim. Só não sei como conseguirei mostrar a você este sentimento que invade meu corpo, domina minha alma e toma conta do meu juízo. Quando amo, sou verdadeiro e às vezes intenso demais. Me descontrolo, fecho os olhos e cegamente vou seguindo as batidas de seu coração, que me chama loucamente, e eu, em um estado fora de mim te sigo.
Tua beleza natural faz com que eu escreva palavras bonitas, feito um espelho que reflete as verdades mais simples. Apenas te observo no meu silêncio, e na minha solidão particular. Fico imaginando situações, e acho engraçado saber que não irão se concretizar. Tua voz ainda ecoa em meus ouvidos fazendo com que eu feche meus olhos e consiga ver tua imagem sorrindo para mim. A prata que reluz, ilumina mais ainda esse seu olhar de paixão e alegria pela vida. Isso acaba refletindo em meus olhos cinzentos que estão acostumados a esconder-se em um baú escuro, e quando surge a luz, faz com que fiquem marejados de uma emoção singela que não se pode explicar. Tudo é muito surreal.
Ocasionalmente, pela vida, o seu olhar vem de encontro ao meu e o deixa nutrido com uma energia cósmica e platônica. Eu não penso, saio de mim, apenas deixo a emoção tomar conta deste corpo cansado de viver as mesmices de sempre. A tua esperança, mesmo não sendo destinada a mim, me causa sensações múltiplas de bem estar, e só de saber que está bem, meu coração consegue respirar aliviado e emocionado.
Vem, que eu ainda espero um dia fugir desta solidão, montar em meu cavalo branco e correr pela floresta ao seu encontro. Neste conto de fadas a história foi invertida, pois eu sou o príncipe que foi preso pela bruxa malvada e estou a espera de um dia, encontrar a liberdade sem fim.
Caio Polonini
26/04/2010
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