quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Morrer
O que fazer quando você olha para os lados e não tem para onde correr? Na minha frente há uma parede, e atrás de mim há um mundo em chamas. Quanto mais tempo passa, mais estou sendo comprimido contra a parede, ficando sem ar ou espaço para correr. Eu estou preso, e eis que chega o momento de morrer. Passei a vida toda tentando corrigir meus erros, ser uma pessoa melhor, compreender mais o mundo, e hoje, com minha revolta por estar condenado, digo que foi uma grande perda de tempo. De que adiantou lutar tanto para ter um fim tão cruel? Terei uma morte dolorosa e nem ao menos a oportunidade de tentar lutar pela vida. Quero saber qual é o sentido de continuar vivendo se tudo é em vão? Porque mesmo nesta carta de condenado continuo a questionar? Apenas resta-me uma coisa: morrer!
Caio Polonini 12/12/2020
sábado, 23 de outubro de 2010
Perdão
Primeiramente, perdão!
Eu não tenho culpa de sentir vontade de escrever e não conseguir, os dias estão passando e cada vez morro um pouco, mas isso não é culpa minha. Na verdade, não há culpado.
Estou enfrentando meus demônios, meus males e meus defeitos. Tentando crescer, entender e compreender... mas não é fácil segurar as lágrimas quando o coração é ferido. Eu tento ser forte, mas chega uma hora que as coisas cedem e fogem do meu controle. Eu sei que fracassei por muitas vezes, mas manter a pose de "durão" não é fácil. Até quando Deus vai ouvir meus lamentos e pedidos de ajuda? E então, no ápice da minha insanidade, eu assumo que preciso morrer. Sim, mas não é uma morte literal, e sim uma forma de me livrar do meu peso. Tem certos segredos meus, que só eu sei. É interessante esse ato de cumplicidade de mim comigo mesmo.
Eu não quero me limitar ao limitado, apenas quero ter a liberdade de sorrir sem medos ou vergonha de ser feliz. Importar-se com minimalias é bobagem, quero deixar de lado o que não me faz bem e salvar o que há de bom em mim, e o que há de bom em você.
Bruno Akimoto, sentindo falta de Caio Polonini
23/10/2010
Eu não tenho culpa de sentir vontade de escrever e não conseguir, os dias estão passando e cada vez morro um pouco, mas isso não é culpa minha. Na verdade, não há culpado.
Estou enfrentando meus demônios, meus males e meus defeitos. Tentando crescer, entender e compreender... mas não é fácil segurar as lágrimas quando o coração é ferido. Eu tento ser forte, mas chega uma hora que as coisas cedem e fogem do meu controle. Eu sei que fracassei por muitas vezes, mas manter a pose de "durão" não é fácil. Até quando Deus vai ouvir meus lamentos e pedidos de ajuda? E então, no ápice da minha insanidade, eu assumo que preciso morrer. Sim, mas não é uma morte literal, e sim uma forma de me livrar do meu peso. Tem certos segredos meus, que só eu sei. É interessante esse ato de cumplicidade de mim comigo mesmo.
Eu não quero me limitar ao limitado, apenas quero ter a liberdade de sorrir sem medos ou vergonha de ser feliz. Importar-se com minimalias é bobagem, quero deixar de lado o que não me faz bem e salvar o que há de bom em mim, e o que há de bom em você.
Bruno Akimoto, sentindo falta de Caio Polonini
23/10/2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Por Clarice, meu amor.
"Quer saber o que eu penso? Você aguentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara à tapa! Ser louca, estranha, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Tenho uma TPM horrível. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir... Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. "
[Clarice Lispector]
domingo, 27 de junho de 2010
Mudança
Uma das coisas mais doloridas da vida é a espera. Como é cruel ter que esperar para ter o que se quer. Esperar um telefonema, uma carta, uma notícia, um beijo, uma palavra de carinho, uma visita, um grande amor...
Um dia desses eu vou cansar desta espera, vou jogar tudo para o alto e buscar coisas novas. Mas não é por maldade, e sim por amor próprio. Tenho tanto trauma das desilusões. Muitas vezes esperei tanto por algo, e depois descobri que não teria. Isso é doloroso demais.
Pequenas coisas podem fazer imensas diferenças, e um simples gesto tem o poder de arrancar um sorriso nos dias tristes. Quando as pessoas aflorarem estas percepções, talvez deixem de plantar tristezas e de quebrar alguns corações que se importam com minimalismos.
O tempo cura a dor que ficou no vaio desfarçado de sorriso. Eu sigo, apenas isso. Nada mais. Estou cansado de esperar, e um dia jogo tudo para o alto. Juro que sim.
Caio Polonini
24/06/2010
Amplexos vazios
São tantas coisas que passam em minha cabeça, que às vezes penso que vou enlouquecer. De fato a vida não é coisa de se brincar, assim como sentimentos também não. A ausência é algo tão desesperador e complexo que não consigo educar o meu coração a não sofrer mais do que devia. Oh Deus, estou tão vazio de palavras e tão cheio de sentimentos tristes; o que fazer, se ainda não aprendi a me controlar?
Apenas quero escrever para tentar me livrar do peso que estou carregando em mim. Quero te dizer que não tenho mais paz com sua ausência, e que esse sentimento me calou. As noites sem teu corpo são amplexos vazios em madrugadas frias, são beijos em pedras de gelo que fazem os lábios adormecerem, assim como enfraquecem meus desejos subalternos que se transformam em doces ilusões. São grinaldas de amor espalhadas pela casa, pelos campos e florestas onde me perco quando te procuro e me encanto quando te encontro.
Estou perdido procurando teu olhar repleto de mistérios e certezas que me fortalecem quando minhas lágrimas começam a me afundar em um poço de mágoas.
Envolva-me com teu amor, embriaga-me de paixão, enebria-me com teu sorriso, adora-me com tuas palavras, sustenta-me em teus braços e me leve daqui, para que longe eu possa ser feliz. O inferno são os outros, e não podemos cair nas armadilhas que aparecem nos caminhos da vida.
Todo o medo e desespero vão passar, e quando isso acontecer, uma janela vai abrir neste quarto escuro em que se esconde minha alma, iluminando o ambiente, e dessa forma, deixarei de viver uma felicidade que sempre me foi meio clandestina para viver o sonho que certo dia um anjo me prometeu.
Caio Polonini
23/06/2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Dois mundos, um sentimento
Sou carente de mim e descobri que busco essa falta do meu ser nas outras pessoas. Esse é o meu problema. Agora me sinto na obrigação de mudar o que sou, e não ficar apenas na teoria. Preciso me permitir mais, viver mais para mim do que para os outros. Ninguém entra em meu mundo, e eu esqueço dele para cuidar de outro. Sim, pois cada um tem seu mundo particular. O máximo que posso fazer é tentar juntar os dois, porém eles não se fundem, e o máximo que consigo é aproximá-los. Tenho medo de me enganar e de enganar, pois sentimentos são complexos demais para brincar. O que escrevo é para aliviar a dor que sinto, e que preciso eliminar.
Caio Polonini
Um pouco chateado...
02/06/2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Lutar ou correr
Há tantas verdades ocultas entre você e eu, que me intriga saber ou imaginar todos os contos escritos em um livro de mistérios. Tento não remoer o passado, mas ele sempre vem à tona nas noites de reflexão. Perco-me em mim, no que eu sinto e no que sou. Sinceramente tento compreender muitos dos mistérios que estão ao meu redor, mas acabo me confundindo quando misturo sentimentos. Estou sofrendo de amor feliz, em que mesmo tendo encontrado o que eu queria, sinto-me sozinho, no vazio e com frio. Amar é sofrer e enfrentar dificuldades que muitas vezes são necessárias. Estou preso a este sentimento que é meu inferno e paraíso ao mesmo tempo, e me resta apenas ficar calado observando as chamas ao meu redor destruindo as expectativas de uma vida inventada para fugir da realidade. Estou confinado a deixar de ser o que sou e secar minhas lágrimas que insistentemente escorrem e, aos olhos alheios, nada significam. Tu te afastas de mim a cada segundo, e em mim, sinto desabar o mundo. Eu não sei por que insisto em esperar que as coisas mudem, pois cada movimento me faz criar uma esperança em minha mente que jamais acontece, e eis mais uma frustração para minha coleção. A dor do amor fere mais que uma faca de bom gume.
O jardim morreu, não há nada além de uma única rosa que teme não resistir em meio de tanta seca. Amar é intraduzível e abstrato, tento entender e quando penso ter encontrado respostas, me vejo perdido no jardim que um dia foi belo e me vejo cada vez mais só. O tempo, talvez, vai me mostrar o que fazer: Lutar ou correr.
Caio Polonini
17/05/2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Pretérito mais que perfeito
Pretérito mais que perfeito no indicativo que se torna imperfeito. Imperfeito no presente do indicativo com chances de ser perfeito no futuro do pretérito. Você quer ser meu verbo auxiliar? Se for ao infinitivo, aí sim seria melhor, pois deixava de lado até as cadeias verbais, esquecia dos temporais que passariam pela nossa janela. Viveria de letras e sua língua com gosto quente de partida breve. Seriamos nós as palavras e nossa cama amarrotada pelos verbos que iríamos experimentar.
Onomatopéias, ditongos e hiatos. Há um hiato perturbador entre nós. Entre as conjugações e tempos verbais vou me definhando aos seus poemas e cantos de pássaro triste que estranhamente soam docemente em meus ouvidos. Estranho seriam meus versos sem os verbos de ligação, que apenas tu sabes como usar. Estranho seria se com o tempo eu não soubesse conjugar o verbo amar...
E depois dessa odisséia de termos, uma onomatopéia seria o bastante para expressar o nosso calor... Falemos pouco; pra não gastar o silêncio entre nós. Sonhemos pouco; para não gastar esse tempo ocioso que insiste em estar presente. Façamos barulho algum; para ver se fugimos do hiato, pra ver se contrariamos o ditado que insiste em pregar que não dá para ser feliz a distância.
Nossa paixão é um pretérito perfeito, que quanto mais perfeito, mais passado se torna, e eu passo noites em claro tentando te encontrar na vastidão de sonhos e encantos conjugando o verbo sofrer. Faça as malas, não tenha medo. O caminho eu te explico. Mostro-te, se quiser como conjugar o verbo querer, e dessa forma, deixaremos de sofrer.
Bruno Akimoto e Matheus Castro
14/05/2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Sonho
A madrugada silenciosa me faz ter espasmos de paixão. Tenho sempre a mania de guardar o que há de bom em mim e nunca saber usar, ou na verdade, ter medo de usar na hora errada. Questiono-me se sei qual é a hora certa e chego a conclusão de que isso não deve ser rotulado, pois não há momento certo para começar a amar e viver, isso é constante, basta querer. Este silêncio fala mais do que uma multidão e me faz pensar sobre coisas que eu sei. Olho no relógio e minha impaciência cresce.
Amor, que coisa linda é você! Enquanto dorme, a noite acontece e eu não me preocupo mais com as horas quando vejo sua face angelical a respirar entre suspiros tão doces que chegam a adocicar meus lábios. Nesta doçura viajo além de mim, atravessando mistérios e impérios para curar a dor que fere o peito da vastidão de ter você e não poder tocar. Escuto harpas enquanto tu mergulhas em teus profundos sonhos cheios de aventuras, e me deleito aos seus sorrisos encantados.
Sofro impulsos de saudade que pululam constantemente enfraquecendo meus suspiros e, quase desfaleço mais uma vez de amor. Não é fácil te sustentar em mim, às vezes penso que morrerei qualquer dia desses por amar tanto, pois tudo transborda em mim e eu me definho em palavras ao léu que são inúteis quando tento traduzir meus sentimentos. A madrugada ainda não acabou, eu ainda tenho um restinho de tempo para te observar antes de morrer para renascer, e então ser seu novamente, feito uma fênix que jamais abandona seu dono.
Caio Polonini
13/05/2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Loucura e tormento
Estou convencido que tenho forte tendência para a loucura, e isso é tão angustiante. É como estar preso em um aquário de vidro gritando de dor, e as pessoas passarem ao redor e não escutarem. Estou cansado de ser eu mesmo, me sinto pesado demais para meu corpo, mas não consigo me livrar disso, é constante em mim. Perco o meu raciocínio e fico inconsciente sem saber o que estou fazendo no mundo. É uma loucura tamanha que nem gritos superam. A causa é desconhecida, na verdade a grande questão é saber porque as coisas estão tomando rumos tão inusitados. Nada está bom, não é suficiente e concreto. Mas como posso saber a origem disto meu Deus? Tá faltando um pouco de adrenalina, friozinho na barriga, sussuros ao ouvido, paixão ao próximo... tudo está cinza. Eu não preciso, mas digo que te amo, pois não consigo esconder de mim esta verdade que me faz tão bem.
Quero tudo e ao mesmo tempo, nada! Minha cabeça está pulsando e minha garganta apertada de tanto desespero. Seria engraçado se em uma manhã dessas me encontrassem morto, pois o silêncio iria predominar o ambiente e o mistério do que realmente aconteceu seria um hiato. Talvez assim alguém pudesse me compreender quando digo que o silêncio é pior que mil palavras, porém eu não chegaria a tal ponto de cometer esta loucura, que aos meus olhos é admirável e deprimente. Eu gostaria de parar de escrever bobagens e voltar a sonhar com o amor, mas só vejo névoas que embaçam minha visão depresiva. Estou me desconhecendo, isso não sou eu, e sim um pedaço mal de mim.
Caio Polonini
09/05/2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Torre alta
O amor é tão misterioso, que mesmo se em vida, eu abrisse meu corpo e expusesse meu coração ao mundo, ele jamais seria visto, tocado ou ouvido. O amor existe, eu sei que sim. Só não sei como conseguirei mostrar a você este sentimento que invade meu corpo, domina minha alma e toma conta do meu juízo. Quando amo, sou verdadeiro e às vezes intenso demais. Me descontrolo, fecho os olhos e cegamente vou seguindo as batidas de seu coração, que me chama loucamente, e eu, em um estado fora de mim te sigo.
Tua beleza natural faz com que eu escreva palavras bonitas, feito um espelho que reflete as verdades mais simples. Apenas te observo no meu silêncio, e na minha solidão particular. Fico imaginando situações, e acho engraçado saber que não irão se concretizar. Tua voz ainda ecoa em meus ouvidos fazendo com que eu feche meus olhos e consiga ver tua imagem sorrindo para mim. A prata que reluz, ilumina mais ainda esse seu olhar de paixão e alegria pela vida. Isso acaba refletindo em meus olhos cinzentos que estão acostumados a esconder-se em um baú escuro, e quando surge a luz, faz com que fiquem marejados de uma emoção singela que não se pode explicar. Tudo é muito surreal.
Ocasionalmente, pela vida, o seu olhar vem de encontro ao meu e o deixa nutrido com uma energia cósmica e platônica. Eu não penso, saio de mim, apenas deixo a emoção tomar conta deste corpo cansado de viver as mesmices de sempre. A tua esperança, mesmo não sendo destinada a mim, me causa sensações múltiplas de bem estar, e só de saber que está bem, meu coração consegue respirar aliviado e emocionado.
Vem, que eu ainda espero um dia fugir desta solidão, montar em meu cavalo branco e correr pela floresta ao seu encontro. Neste conto de fadas a história foi invertida, pois eu sou o príncipe que foi preso pela bruxa malvada e estou a espera de um dia, encontrar a liberdade sem fim.
Caio Polonini
26/04/2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Aprendi, aprendo e aprenderei, porém sinto que morrerei e ainda não terei aprendido nem metade de nada desse ciclo misterioso que chamamos de "vida". Eu sou apenas uma partícula aqui. Nasci sozinho e assim hei de partir. Essa talvez seja uma verdade dura, cruel e meio amarga... às vezes eu sou um pouco amargo, mas esse gosto só eu posso sentir. Muitas vezes sou singular...
Suspiro de Caio Polonini
26/04/2010
Ao amigo de todos os dias, que sempre com palavras sábias, conforta um músculo pulsante e cheio de incertezas.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Fim da festa
Desculpa-me amor, preciso partir, para esta festa não fui convidado. Perdão paixão, mas entre tantos, eu não fui escolhido, e por este motivo eu me retiro. E no meio de tantos, de todos, eu fiquei só.
Obrigado garçom, não quero beber nada. Não sei se te falaram, mas já estou de saída. Com licença seu moço,não quero atrapalhar, fica em paz. Estou partindo sem rumo mesmo, mas não se importe, obrigado, não quero carona. Eu não tenho um rumo certo para vagar.
Estou distanciando-me das músicas, risadas, conversas.Tudo vai ficando pequeno e silencioso. Sozinho vou adentrando no escuro, e ouvindo cada vez mais alto as batidas de um coração vazio da atenção do seu amor. um coração que morreu de muitas oisas. De tédio, de raiva, de medo, cansaço, e por fim parou. Só não teve tempo de morrer de amor.
Caio Polonini
21/04/2010
Morrer de amor
{...} Eles pareciam saber que quando o amor era grande demais e quando um não podia viver sem o outro, esse amor não era mais aplicável: nem a pessoa amada tinha capacidade de receber tanto. Lóri estava perplexa ao notar que mesmo no amor tinha-se que ter bom senso e senso de medida. Por um instante, como se tivessem combinado, ele beijou sua mão, humanizando-se. Pois havia o perigo de, por assim dizer, morrer de amor.
(Clarice Lispector)
Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres
Crédito da imagem: http://miniminimos.blogspot.com/
Vitrina vazia
Como é oca a sensação de solidão. É tão patético andar pelas ruas e olhar vitrinas sozinho, apenas para o tempo passar. Mas não adianta querer me enganar, pois a realidade é dolorosa, intensa e não pode ser ocultada. Que sensação mais ingrata essa de vazio, é algo inquietante, parece que nada é capaz de suprir esta necessidade constante de viver o que está reservado. É inútil buscar o olhar perdido, mesmo sabendo que ele um dia aparecerá.
Eu preciso tanto me libertar dos meus medos e desafiar a presença do que me falta. Estou buscando conversas, risos, coisas concretas que me façam sentir paz desta odisséia de sentimentos que me atormentam a todo instante. Olho de um lado para o outro nesta busca constante, sem sucesso. Sinto-me tão incomodado, é como a sensação de uma pedrinha no sapato que você não consegue tirar, e aquilo te machuca, varia de lugar e enfim causa feridas. A solidão não é minha companheira, mas insiste em me perseguir, principalmente nos dias frios, onde sua ausência se torna um grande vazio...
Caio Polonini
16/04/2010
domingo, 11 de abril de 2010
Sua ausência é meu caos
Vai ser sempre assim, sua ausência vai doer constantemente em mim, e vai me restar apenas chorar um pouquinho a cada dia para tirar o peso da saudade. Mesmo no escuro eu posso sentir o seu olhar a me observar, e toda vez que sinto isso me iludo com a alegria de poder te abraçar. Coloco uma música para tentar me distrair, não conheço a cantora do rádio, mas vou viajando nas melodias, me identificando com a letra. Você está em todo lugar, em todos os cômodos da casa, em todos os móveis, e eu posso ver seu sorriso em minha mente enquanto você prepara nosso jantar. É uma sensação estranha essa de possuir tudo e não ter nada. Os outros não compreendem essa minha loucura que é te amar a todo instante. Não posso ter seu beijo neste momento, mas tenho seu olhar. Vem pra mim,vem sim, que é para me fazer feliz.
Meu bem, tua ausência me causou um caos, e agora meu coração ficou desatinado com este vazio, mas está voltando a pulsar ao saber que você está prestes a chegar.
Caio Polonini
11/04/2010
sábado, 10 de abril de 2010
Em meio de cores
Hoje vi aquele rosto que há tempos atrás costumava ser angelical. Pude ver o brilho dos olhos que por muito tempo permaneceram escondidos de mim. Da boca não ouvi uma palavra, estava seca e contraída. A expressão facial era de assombro quando encontrou meu olhar, os olhos se arregalaram e rapidamente procurou uma imagem qualquer para botar a culpa na distração e fingir não ter notado minha presença. Não hesitei em direcionar a palavra.Fiquei pensando. Que cor tem a vida? Qual é a face dela? Às vezes precisamos testar todos os lápis de cor de uma caixa para encontrar a que mais nos agrada. Muitas vezes temos que sair pelas ruas observando diversos rostos para saber qual mais chama nossa atenção.
Aquele rosto angelical fugiu de mim, arranjou uma forma de se tornar invisível aos meus olhos novamente. O mundo vai continuar dando voltas e hora ou outra te encontro de novo, não adianta fugir feito coelho assustado. O seu medo é cômico para mim, sôa feito risada de platéia.
Qual a cor dos meus olhos? Você pode ver a verdade escondida neles?
Caio Polonini
10/04/2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Nosso caminho
Toda vez que te olho, meu coração transborda em paixão, em amor... é algo tão vivo e pulsante que chega a doer o peito. O maior problema é que este segredo não pode ser revelado, tem que ser mantido enclausurado na torre mais alta, em silêncio absoluto.
Guardo-te em uma caixinha de cristal, e a todo instante eu a abro apenas para te admirar, sou capaz de gastar horas assim. Sua presença é essencial para mim, apenas o “estar” é suficiente para que meu corpo se aqueça e se engrandeça. Minhas lágrimas escorrem de saudade, e a vontade de gritar é imensa, o vazio é excrucidante. Eu não sobrevivo sem suas mãos, eu não aprendi a me acostumar olhar para os lados e não encontrar seu olhar. Meu amor, você é minha vida, sem você nada sou. Não quero que isso seja um lamento, ou algo dramático demais, apenas estou ditando as palavras desesperadas que habitam o meu coração. A cada instante que passo sem você, morro um pouco, mas a cada encontro, meu amor, sou a pessoa mais feliz deste mundo! Me dê a sua mão e vamos juntos trilhar o caminho que o destino nos reservou. O amor não morreu, por sinal ainda vive, com a mesma força que nasceu.
Caio Polonini
04/04/2010
Guardo-te em uma caixinha de cristal, e a todo instante eu a abro apenas para te admirar, sou capaz de gastar horas assim. Sua presença é essencial para mim, apenas o “estar” é suficiente para que meu corpo se aqueça e se engrandeça. Minhas lágrimas escorrem de saudade, e a vontade de gritar é imensa, o vazio é excrucidante. Eu não sobrevivo sem suas mãos, eu não aprendi a me acostumar olhar para os lados e não encontrar seu olhar. Meu amor, você é minha vida, sem você nada sou. Não quero que isso seja um lamento, ou algo dramático demais, apenas estou ditando as palavras desesperadas que habitam o meu coração. A cada instante que passo sem você, morro um pouco, mas a cada encontro, meu amor, sou a pessoa mais feliz deste mundo! Me dê a sua mão e vamos juntos trilhar o caminho que o destino nos reservou. O amor não morreu, por sinal ainda vive, com a mesma força que nasceu.
Caio Polonini
04/04/2010
Revelações
Vou te dizer que dominar um sentimento não é fácil, e que já sofri por amor, me isolei do mundo por uma paixão e já chorei por uma decepção. Vou ser sincero ao dizer que ao seu lado sou feliz, que sua ausência me dói no peito, e que a saudade me domina causando dor. Vou confessar que não imagino minha vida sem você, que todos os meus planos estão ao seu redor, e meus pensamentos te perseguem constantemente. Vou revelar que meus sentimentos são sinceros e que às vezes sou egoísta em pensar que eles são maiores do que os seus. Vou desabafar ao contar que estou triste por não estar ao seu lado, e que o seu calor é essencial e imprenscindível para meu coração pulsar. Sinto-me feito um pássaro na gaiola buscando em todos os cantos uma fresta para encontrar a liberdade e voar em sua direção, te envolver em minhas asas e eternizar este momento. Vou te contar um segredo, gostaria que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber, pois somente a sua presença me transformaria e me daria vida e alegria. Vou escrever-te contando meus sonhos, expor minha saudade, deitar em minha cama e chorar, buscando você por toda eternidade.
Bruno Akimoto
03/04/2010
Fechem as cortinas!
Estou analisando meu passado, observando tudo o que se passou, pensando em todos que convivi, em todas as lágrimas que derramei, em todos os sorrisos que distribuí, em todos que amei. Estou confuso e com medo, vivendo escondido de todos, não tenho coragem de expor minha face, não consigo sair de trás da cortina e entrar em cena. Seria todo o ensaio em vão?
As lágrimas tomam conta de mim e eu não consigo sair do lugar. Todos esperam na platéia, e o artista principal, o palhaço fundamental, o ator fenomenal fracassou. Desfaleceu no camarim, está cansado, estressado, desgostoso. Caiu, não levanta, está desmotivado.
Amor da minha vida perdoe pelo meu fracasso, mas nunca fui forte o suficiente para a vida. Deixo minhas últimas palavras de amor e os mais sinceros e profundos sentimentos, mas chegou a hora de admitir o fim. Fechem as cortinas, o espetáculo não tem salvação, o artista permanece no chão do camarim.
Caio Polonini
03/04/2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Um anjo especial
Esse poeminha abaixo acabou de nascer. Foi fruto de uma ajudinha pra minha irmãzinha em uma lição da escola, cujo tema da poesia deveria ser: Mulher. Cíntia e eu ajudamos a pequena Gabi.
Após uma breve ausência, volto aqui com essas singelas palavras.
b-jos
Deus criou um anjo especial,
um anjo denominado mulher.
Aquela que embeleza o dia,
tem sempre um sorriso no rosto.
Mulher...
Dá a luz ao recém chegado, carrega nos ombros o trabalho dobrado
e nada, nada mesmo supera o seu brilho incondicional que se expande pelas flores,
atravessa rios e cachoeiras, escorrendo pelas colinas tranformando-se no mais puro amor
de fontes derradeiras que encantam a natureza.
Mulher guerreira,
Mulher mãe,
Mulher maravilha,
Mulher menina,
Nada define com palavras essa graça divina.
Aino Minako e Caio Polonini
01/04/2010
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Insanidade
Amor derramado, escorrido pelas escadas de caracol, chegando ao térreo sem pudores ou medos de se expor. Amor aos pedaços, que se perderam pelos cantos e que foram esquecidos, ignorados, ou simplesmente abandonados. Amor bandido, sofrido, calado, contido. Amor bonito, fingido, e mesmo com dor, não deixa de ser amor.
Tenho medo de perder, medo do desconhecido, de estar sozinho nesta loucura, pois os loucos são sozinhos, e eu mesmo sem ainda ter enlouquecido já me vejo só nesta insanidade singular. O tempo passa e nada é como antes, pois perde-se sorrisos, gestos singelos, olhares, sutilezas e muitas belezas. Estou cansado de apenas guardar coisinhas que restaram de mim, preciso de algo completo para me sentir inteiramente livre, e sentir esta liberdade bater em minha face feito brisa matutina. Estou preso, trancado e predestinado a morrer da forma mais cruel, triste e trágica, pois meu peito sofre, sente e morre a cada instante neste vago mundo de palavras aladas que se misturam transformando-se na mais surreal obra em que estou limitado a me limitar. Não sou capaz de avançar o sinal, não posso me movimentar e aqui, de onde estou vejo o amor escorrido pelas escadas de meu coração. E peço-te que não deixe que me matem, ceie meu corpo! E assim tu concordarás e dirás: Não deixarei que te matem, cearei teu corpo.
Caio Polonini
05/02/2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
O conto internacional
Ontem ele pediu “Burguer King” para entregar em sua casa, e perguntou brincando qual seria o meu pedido. Quando chegou ele perguntou o que eu queria comer primeiro: a batata frita ou o hambúrguer? Eu disse que queria as batatas, aí ele abriu “web cam” e colocou as batatas e escreveu: "diga aaaaaaaaa" e depois: "diga mmmmmm".
Repentinamente ele parou, disse que estava se sentindo triste e que queria muito que eu estivesse lá com ele, e que aquele hambúrguer era meu... Ficou meio choroso dizendo que não conseguia comer. Senti um aperto no peito tão grande em vê-lo sentado na beira da cama, segurando um punhado de batatas (que supostamente eu comi) dizendo que não conseguia comer de tristeza. Eu disse que não queria ver ele assim, e insisti para que comesse, foi então que comeu as batatas. Na hora de ir embora eu fui me despedir e ele escreveu: "Espera! Você não vai comer seu hambúrguer?" (...).
Quando cheguei em casa perguntei se ele havia comido tudo, disse que comeu e que tinha deixado metade do hambúrguer pra mim. Juro, eu não sei porque, mas isso me deixou tão tocado. Senti muita pena dele, pois deve se sentir muito sozinho.
Sei que pode parecer MUITO ridículo isso tudo o que escrevi, mas... Sei lá, eu sou uma pessoa muito sensível, me apego muito fácil a pessoas e situações, enfim, por tudo. Eu não sei ser duro, tomar uma decisão forte e permanecer firme naquilo.
Ainda fui mais além e fiz uma análise pessoal da solidão, de como uma pessoa se sente quando é sozinha, de como é ruim esperar alguém para dividir um hambúrguer e não ter. De como é ruim viver sozinho, trancado no seu mundinho e não ter com quem partilhar momentos.Resta apenas viver em uma constante busca, em uma espera sem fim. Ao mesmo tempo em que viajo em tudo isso, penso: "Alô meu bem, vamos colocar o pé no chão e ver a realidade?”.Sei que a vida não é um conto de fadas, nada é lindo e perfeito. Há riscos, perigos e coisas más nesse mundo. Gente enganando gente, assassinos, psicopatas, bandidos, estupradores e tudo o mais de ruim. Mas existem pessoas boas, corações vagando o mundo, sonhos e desejos que muitas vezes são reprimidos e guardados na gaveta por qualquer motivo que seja. A vida é feita de momentos e oportunidades, e só vive quem quer.
O tempo vai passar e eu vou ter uma opinião mais formada em relação a tudo, mas o que sei é que tenho medo da solidão, e isso é grande, assustador...
Me espere, estou distante e tenho medo de atravessar o oceano, mas não desista de mim, eu estou aqui, sem desistir, apenas esperando.
Margô Gretel
21/01/2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Por Bruno Akimoto
A vida, de fato, é uma pergunta sem resposta. Não procure a perfeição pois ela não existe, pelo menos nunca ouvi ninguém dizer que a conquistou. Você deve ser o que é, aceite quem quiser. Não se preocupe com as "rugas" pois são marcas do tempo, marcas da vida, assim como um coração que possui diversas marcas, mas ninguém pode ver, só quem as tem sabem de sua existência.
O nosso defeito é deixar a vida passar e junto com ela as oportunidades, tudo isso sem aproveitar, e isso depende muito de nosso momento ou estado de espírito. É triste saber que um dia nos arrependeremos de muitas coisas e consequentemente iremos sofrer... infelizmente a gente não percebe que não podemos dar "tempo" para amar depois, se um amor surge em nossas vidas, vamos vivê-lo pois o "amanhã" pode ser tarde demais e esse amor foi desperdiçado feito uma torneira deixando a água escorrer pelo ralo.
Fragmentos dos comentários de Bruno Akimoto no blog http://cellokao.blogspot.com/ em 11/07/2009
b-jos
Caio Polonini
Amor meu
A caminho do hospital, na companhia da amiga Olga Borelli, disse: “Não fique triste. Faz de conta que estamos indo a Paris”. O taxista, sem saber de nada, perguntou se poderia ir também, e ela respondeu que sim e que ele poderia até levar a namorada. A corrida até o hospital deu 20 cruzeiros, mas ela deu duzentos ao taxista.
E a cada dia que passa, sou mais apaixonado por Clarice. Feliz ano novo, e que as inspirações sejam felizes, e que o tempo crie cicatrizes, e que não morram as raízes... "não há você sem mim, e eu não existo sem você." Dedico o meu amor e minha escrita à todos que me fazem bem, não citarei nomes, pois seria injusto esquecer alguém. Só agradeço a tudo e todos que me serviram de fontes inspiratórias desde quando comecei a escrever. Dedico mais uma vez à todos que amei, amo e amarei; à todos que me despertaram sentimentos múltiplos e me deram estímulos para escrever, sejam sentimentos e experiências felizes ou tristes, entre risadas e lágrimas, liberdade e agonia. Eu nada seria sem amor, e é com amor e por amor que eu escrevo.
b-jos
Bruno Akimoto, ou Caio Polonini...
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